segunda-feira, 20 de abril de 2009

Óvulo dele e espermatozóide dela

Abençoados sejam os geneticistas.



Sempre tive obsessão pela área da genética, talvez por crer ser portadora de 'deformidade' genética, pra mim, não só em decorrência do excesso de hormônios no útero, mas também outros fatores, dentro os quais, algum (ou alguns) gene defeituoso, é 'culpado' pela síndrome que me acometeu.

Com o avanço de estudos de células tronco, e sabendo que elas poderiam se desenvolver em qualquer outro tecido ou célula, pra mim era evidente que cedo ou tarde, teríamos notícia a respeito de óvulos masculinos e espermatozóides femininos.

Cientistas e geneticistas anunciaram que num futuro próximo, casais homossexuais poderão gerar filhos biológicos, de ambos os parceiros. Com a mutação de células tronco iPS (sigla inglesa de “células-tronco pluripotentes induzidas”), que nada mais são do que células extraídas da pele, que em laboratório, são modificadas até o estado embrionário por meio de manipulação genética. E como todas as células do nosso corpo carregam o mesmo DNA, elas possuem a mesma "receita" genética que dá origem ao corpo inteiro, também aos gametas sexuais.

Isso também se aplicaria a mulheres estéreis, hermafroditas e a mulheres transgênere pós-operada, ou seja, bastaria obter amostras de células do casal e reprogramá-las para produzir o tipo de célula sexual “em falta” – espermatozoides no caso de mulheres, óvulos no caso de homens. Por causa da ausência do útero, casais gays e mulheres transgêneres, precisaria de uma mãe de aluguel para gestar seu bebê; já mães lésbicas ou homens transgêneres não operados, poderiam decidir qual das duas/ dos dois, daria à luz seu filho biológico.

Por incrível que pareça, homens e mulheres transgêneres teriam, em tese, chances iguais de gerar filhos de ambos os sexos, enquanto mulheres e homens transgêneres, só poderiam engravidar de mulheres. A explicação está nos cromossomos sexuais, estruturas que determinam o sexo, mulheres têm dois cromossomos X, enquanto homens possuem um X e um Y. Assim, a junção de um X de cada mãe só poderia levar a uma mulher (XX), e isso, não tem como ser alterado geneticamente.

Naturalmente, é preciso muito estudo por parte dos cientistas e geneticistas, mas, os avanços são enormes e nunca antes imagináveis. O futuro nos reserva ainda mais igualdade e liberdade, diminuindo nossas frustrações e restrições.

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Um comentário:

Amanda Rocha disse...

Interessante. Não sei se pretendo ter filhos, mas seria legal se a ciência evoluísse o suficiente para permitir que pessoas com gênero variância tivessem filhos provenientes dos gametas induzidos pelas células tronco. Só que quando isso estiver mais próximo, acho que as polêmicas serão enormes, dados os preconceitos contra transgêneros e principalmente homossexuais.
Adorei o post! Vamos combinar melhor um dia para a gente se encontrar, eu não conheço muito bem a cidade ( não costumo sair muito), mas converamos melhor depois. Bjs.

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