Jovem bem nascida, inteligente, bem-humorada e inserida na sociedade escondendo o grande segredo de ter nascido diferente. Meus relatos, aflições, vitórias e decepções, aqui expostos anonimamente.
Partindo... (foto de placa na alemanha tirada do blog da diana)
Tudo, absolutamente TUDO tem seu fim...
Assim como esse blog, que me ajudou muito, por muito tempo e serviu ao q era destinado, um diário, um auto-psicologo, um amigo, q na verdade, era minha consciencia e o comentario, de todos que aqui estiveram, visitaram e escreveram!
Ganhei amigos, queridos, conheci gente divertidissima, bacana e que escrevem blogs deliciosos!
O blog nao vai ser apagado, pq tem muito material bacana aqui, muitos textos, videos, coisas que ajudam a esclarecer quem passa oq eu passei, ou tem pura curiosidade.
Meu novo atual vicio, é otimizar meu tempo livre, que tem sido pouco, das 23.30-7.00, portanto, como gasto meia hora para ir e voltar da facu, tenho ouvido audiobook no carro, ao invez de musicas (apesar de continuar amando musica).
O meu primeiro audiobook, baixado ilegalmente é o 'Comer Rezar Amar', explico, estava lendo nas férias, mas surgiram tantas coisas e meu sono anda tao atrasado (e eu nem sou mãe ainda) que começo ler e durmo, portanto, na metade do livro, peguei e comecei o audiobook na ida e na volta da facu.
Pois bem que me encantei pela técnica, ainda mais pq a versão baixada, é narrada pela própria autora, Elizabeth Gilbert, com entonação, com emoção, com toda a sensibilidade e a força de cada palavra.
O best-seller, dispensa apresentações e em breve o filme com a Julia Roberts vai vir para completar a minha jornada pelo auto-descobrimento, que seria apenas de Liz, se não abrangesse a todas. Como diz a propria autora, este livro deve ser lido junto com sua melhor amiga, aquela que se ama, por isso, o exemplar da Má, já está nas mãos dela e sim, vamos poder conversar e nos identificar com tudo que se passa com ela.
Vou citar um spoiler, sem ser um spoiler, mas que me ajudou tanto, me falou o que eu precisava ouvir, me ensinou algo que eu precisava aprender e que me levou as lágrimas enquanto dirigia.
Liz, lá pelo capitulo 60, é levada para o alto de uma torre no ashram que está vivendo e lá deve cumprir 10 mandamentos de libertação para poder descer. O mais dificil de todos, ficar até se perdoar e perdoar ao seu ex, e seguir com sua vida. Ela toma conta, de que pela mágoa, pela dificuldade do seu divórcio, que ela nunca mais terá a chance de se sentar e conversar com seu ex marido, de acertar ponteiros, pedir desculpas por eventuais erros... porém ela se da conta, de que o perdão, cabe a nós darmos, nós oferecermos e assim nos libertarmos e acontece uma das cenas/passagens mais lindas do livro, onde liz, espiritualmente convida seu ex marido para essa libertação, para esse ajuste de contas e ela sem saber se por espirito, se em sonho, se em alma, o encontra, o recebe, apenas o abraça, chora e ali, naquele instante, ocorre o perdão e a libertação de mágoas passadas, de ressentimentos e que sim, a plena consciencia de que nunca mais se veriam, mas também não lhe cabia mais tentar compreender ou se remoer por isso, que seu espirito estava, enfim, em paz.
Voltar a uma sala de aula como aluna, após quatro longos anos desde minha última experiência (que durou apenas 1 semestre), não é fácil, nem me deixa tranquila. Não é pelo medo de me jogarem ovo no cabelo, nem pelos possíveis trotes, o medo é o meu medo, as lembranças terríveis que tenho dos tempos de escola.
Crianças podem ser malvadas. Não vou nem citar os meninos, mas também as meninas, das quais me aproximava para tentar ser aceita e que suas outras amigas-iguais, querem a atenção exclusiva e não querem dividir com 'alguém' indefinido e sem graça.
Adolescentes podem ser cruéis, e quase sempre o são. Fui ofendida e perseguida por anos e por este motivo a hora do recreio era o meu maior tormento, passei a me trancar na biblioteca e ficar la, estudando, lendo (ao menos algo de bom).
Ter sido vítima de bullying (que na época nao se falava nem se era difundido como hoje) foi algo marcante e traumatizante. Por sorte, não afetou em minhas notas, pelo contrário, sempre fui uma boa e dedicada aluna (tire física e matemática ta?). A minha situação era ainda pior, eu era completamente apaixonada pelo meu colega de sala e isso se tornou notório, pois tentava ajudá-lo nos trabalhos, nas tarefas, nas provas, queria fazer carinho e virei motivo de perseguição e de discriminação na escola. Quando finalmente fui encaminhada para a pedagoga, ela me disse para ocultar e mascarar meu comportamento para ter uma boa vivência escolar. Isto, num colégio particular dos mais tradicionais da cidade. Quando eu a vejo (vez ou outra) pela cidade, tenho vontade de parar e dizer o quanto ela foi cruel e incompetente com uma adolescente de 14 anos.
Tudo isso e mais um pouco me marcou, minhas duas faculdades que comecei e não terminei, por medo, por receio, dessa vez surge diferente. Nenhum problema com documentos, com nomes, com medos do "e se", com a força da família, do amado, dos amigos, ergo a cabeça (fisicamente ao menos) e hoje enfrento a turma, ao menos fazendo algo que amo, que adoro e que totalmente me identifico.
Se tem algo que meus filhos vão ter em casa, é educação, é respeito pelo diferente, é aprender a conviver, pois ser diferente, é normal.
Nicholas Sparks. Já o citei aqui inumeras vezes e o quanto amo seus livros, e que os devoro assim que são lançados.
Querido John (Dear John 2010) só estréia em Abril nos cinemas, mas a ansiedade já é grande. Finalmente ver a história de Savannah e John contada, em imagens, em cenas, em pessoas reais, me emocionará como em "Diario de uma paixão", "Noites de tormenta", "Um amor pra recordar" entre tantos outros sucessos dele.
John é um soldado que se apaixona por uma conservadora estudante, mas precisa enfrentar o tempo, a guerra e a distância para realizar o sonho de se casar com ela, será o tempo obstáculo para um amor?
Mas o meu livro predileto de Nicholas, terei de esperar até 2012 para vê-lo nas telonas. Um homem de sorte (The Lucky One), conta a história de Logan Thibault, um militar americano no iraque, que encontra milagrosamente uma foto de uma bela mulher no meio do deserto e esta, acaba se tornando seu amuleto de sorte na guerra, ele então, se apaixona por ela e decide ir em busca desta mulher que ele apenas conhece o rosto e nada mais. O bom (e como fiquei feliz) é por saber que o projeto já está em andamento e os protagonistas escolhidos! Taylor Schilling, do seriado Mercy, será Beth! Zac Efron (não gostei) o Thibault, e o Jay R. Ferguson o insuportável Keith Clayton. The Lucky One, é na minha opinião, o romance mais lindo e bem escrito que li (e olha que não foram poucos).
Querido John - (Dear John 2010) Estréia Abril 2010
Channing Tatum, Amanda Seyfried, Richard Jenkins.
105 Minutos
Direção: Lasse Hallström
Baseado no livro homônimo de Nicholas Sparks
Como queria ser alemã há 20 anos atrás. Como queria estar lá, na Brandenburger Straße as 18hs daquele noite de Outono chuvosa e fria. Como queria ter participado deste momento histórico. Como queria ter escalado Brandenburg e subido em seus cavalos festejando e gritando a liberdade.
Já citei aqui que acredito em vidas passadas e que acredito piamente já ter vivido na Alemanha e sido alemã em outros tempos. Desde pequena meu sonho foi conhecer e me dedicar as minhas raízes, a cultura e a história germânica.
Em Setembro de 2003 quando visitei Berlim, tive os dias mais emocionantes e aproveitaveis da minha vida, os arrepios mais intensos e a sensação de estar em casa, indescritível. Ao andar pela bela e movimentada Brandenburger Straße de longe se vê o Portão de Brandenburgo (Brandenburg Tor), onde cada pedaço do chão conserva o tijolo de assentamento inicial, até hoje, delineando por onde o muro passava.
Outro programa imperdível para quem for a Berlim, é o Museu do Muro (Das Mauermuseum am Checkpoint Charlie) , histórias incríveis de travessias arriscadas dentro de fuscas, de balões, pelo esgoto e até dentro de uma caixa de som, também tendo pedaços do muro, fotos e vídeos, um em específico, quase na saída, onde um reporter italiano chegava as 19hs daquele 9 Novembro e filmava as primeiras colheradas no muro, os primeiros pedaços no chão e o reportér vai as lágrimas, e claro, o espectador também.
Choro, choro quando vejo documentários, videos, e até lendo sobre tudo isto, me ponho no lugar destas pessoas e penso que isso aconteceu a 20 anos e menos de um ano após a Alemanha se reunificou.
Para quem quiser ver e saber um pouco mais sobre este momento, assista "Adeus, Lenin" (Goodbye Lenin), filme alemão de 2003, extremamente injustiçado por não ter levado o Oscar de filme estrangeiro a qual foi indicado.
Tive a sorte de encontrar um companheiro, que tenha a mesma fixação que eu por este povo e isso me dá a certeza de várias voltas a este país, a esta cidade.
A Alemanha errou muito, sua população não ficou isenta, pagaram o preço com este muro, separando amigos, famílias e vidas.
Espero que um dia o povo alemão seja limpo dos esteriótipos que os acompanham.
O Canal GNT vai disponibilizar dois especiais sobre o Muro e sua queda, 21hs e 00.30
Nick Cassavetes é um gênio do cinema. Diretor, produtor e até escritor. Poucos passam sensibilidade e emoção como ele, em seu currículo "Alpha Dog", "Diário de uma Paixão" e agora "Uma prova de amor".
Uma prova de amor (My Sister´s Keeper 2009) é uma adaptação do livro de Jodi Picoult, sobre Anna, uma menina de 11 anos que processa seus pais para ter emancipação médica, ou seja, que parem de usar seu corpo para doar orgãos e tecidos à sua irmã doente com leucemia.
O filme é rápido, em dez minutos expõe toda a trama e deixa o espectador cativado e emocionado. Lágrimas são recorrentes durante os pouco mais de 100 minutos, que na minha opinião mostra o egoísmo e o desespero de uma mãe que não consegue admitir que as vezes é melhor parar e preservar uma saudável despedida, também enxergando seus outros filhos.
Surpreendentemente, o final do filme foi alterado do original (livro). Na opinião, bem melhor o final feito pro Cassavetes no filme.
Se você tiver coragem e gosta de se emocionar com um lindo filme e excelentes atuações, fikdik.
Uma Prova de Amor 2009 Abigail Breslin, Cameron Diaz , Alec Baldwin e Sofia Vassilieva 109 minutos Direção: Nick Cassavetes Baseado no livro homônimo de Jodi Picoult
Uma novela entrar no ar para substituir um sucesso, não é nada fácil. É o caso de "Viver a Vida", após meses mergulhados na Índia, are-babas e dalits, a novela não me agradou no que começou a mostrar.
Talvez tenha passado desapercebida a chamada desta segunda-feira, 31/08, onde foi apresentada a família de Tereza(Lília Cabral) e Marcos(José Mayer).
'Perca' alguns segundos para assistir, especialmente apartir do 30', esta cena do teaser, que em segundos, me encheu os olhos de lágrima (e não só a mim).
Estudei a vida toda na instituição Marista, e todo dia 6 e 9 de Agosto, antes de começarem as aulas, havia um minuto de silêncio enquanto tocava a música 'Rosa de Hiroshima' de Ney Matogrosso.
A 64 anos atrás, o ser humano mostrava da atrocidade que era capaz, com uma força desproporcional, com uma violência estúpida, Hiroshima foi devastada e aniquilada por uma bomba nuclear, e apenas três dias depois, foi a vez de Nagasaki.
Só em Hiroshima, mais de 140mil pessoas morreram naquela ano, imediatamente ou por consequência.
Hoje deveria ser um dia de luto mundial, sempre, para sempre.
Vinicius de Morais fez o poema, Ney colocou melodia (e emoção), como só ele consegue...
Se tem um prazer para um cinéfilo, é assistir um filme despretenciosamente e se surpreender com ele, ainda mais quando não se trata de um filme vencedor de grandes prêmios.
A Jovem Victoria (The Young Victoria 2009) não tem um elenco de peso, Emily Blunt como protagonista (ela era a assistente principal de Miranda no "Diabo veste Prada") e Miranda Richardson com mais uma semi-vilã para seu hall, porém a produção, conta com um gênio, Martin Scorsese e a história escrita por Julian Fellowes, baseado no maior reinado da Inglaterra até o presente momento, além de cartas íntimas entre a rainha e o príncipe consorte Albert.
Adoro filmes que começam no fim ou no meio e retornam ao começo, é o que se vê neste, com a coroação de Victoria, com apenas 18 anos, após a morte de seu querido tio, Rei William, e após ter relutado contra uma mãe fraca e influenciável e um padrasto violento, manipulador e mau-caráter que queria a todo custo que ela desse a ele a regência do país, por considera-la "inexperiente e ingênua", Victoria não cedeu e assumiu o trono.
Em uma cena em que o tio de Victoria, Rei William, insulta sua mãe, a duquesa de Kent, o fato não só é real e histórico, como as falas do ator Jim Broadbent são transcrições exatas do que foi dito pelo rei.
Os fatos históricos e a importância política de Victoria dão espaço também para que todos conheçam sua linda história de amor com o Príncipe germânico, Albert. Digno de qualquer romance de Jane Austen, Albert é um príncipe no sentido exato da palavra, que a princípio deixa em dúvida suas verdadeiras intenções e sua influenciabilidade perante o tio, Rei Leopoldo da Bélgica, mas que logo são rechaçadas.
O filme trás belas paisagens, figurinos impecáveis, trilha sonora clássica irretocável, garante uma diversão única, um épico romântico, um relato histórico desse grande ícone britânico que foi Victoria e sua linda história de amor.
The Young Victoria2009 (sem previsão de estréia no Brasil) Emily Blunt, Rupert Friend, Miranda Richardson; 100 Minutos Direção: Jean-Marc Vallé Produtor: Martin Scorsese Baseado na vida da Rainha Victoria do Reino Unido (reinado 1837-1901)
Todos sabemos a importância do dia de hoje, todos ouvimos essa história desde pequenos, e todos (creio eu) ficamos tocados pelo filme "A Paixão de Cristo" de 2004. Jim Caviezel incorporou tão maravilhosamente o papel de Jesus, que até hoje, após ver o filme várias e várias vezes, me emociono e venho às lagrimas em vários momentos.
Não sigo religião alguma, me criei na católica, adoro o modo que os evangelicos oram (eles usam expressões e palavras lindas e profundas) e gosto da filosofia espírita, portanto eu apenas sou cristã, e creio que isso alegra o coração de Deus e de Jesus. Não sei se acontece com vocês, mas várias vezes eu me perguntei a quem orar, a Deus ou a Jesus? Nunca obtive a resposta, mas aprendi que tudo deve ser pedido e louvado e gratificado, em nome de Jesus, pois "ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra, e debaixo da terra" (Filipenses 2:10) Como dizem os evangélicos, o nome de Jesus, têm poder. E eu creio.
Hoje pra mim é um dia de dor, de reclusão, de reflexão, de oração e claro, de ver o filme, mais uma vez.
Eu sempre achei que num namoro se deveria contar tudo. Não que tenha que se tornar um tudo no sentido geral e amplo, como "to usando roupa preta e sapato amarelo" ou "estou indo comer uma coxinha" ou pior "vou ao banheiro", não, até pq esse tipo de atitude logo se torna um peso e um desgaste, afinal a individualidade deve ser mantida saudávelmente.
O "Tudo" que digo é em ter total confiança e não ter que inventar desculpas (ou mentir) para alguma coisa que tenha feito ou que vai fazer. No namoro é normal chatear e brigar, por coisas que eu fiz (e vice-versa) mas o pedido de perdão era verdadeiro e a confiança volta, na sua totalidade.
Crise dos 3 anos? Não sei, tinha ouvido na crise dos 7... Mas tenho me desapontado devido algumas de suas atitudes (ou falta delas) ou até mesmo com mentiras, pequenas, porem que me incomodam. É dificil ver que você nao conhece um lado da pessoa q vc acha que conhece tão bem, se pegar vendo um lado novo e não bom, me pergunto se conseguirei readquirir a confiança nas coisas que ele fala, visto que me disse q fala coisas sem senti-las (mesmo que seja com os outros, um dia pode ser pra mim)... se conseguirei não me tornar uma ciumenta possessiva ou daquelas que sempre está a espreita e imaginando que o namorado sai de casa e vai aprontar, ou q me esconde msg e ligaçoes no celular, ou pior, que marca encontros as escondidas com "amigas" e "ex-ficantes".
A confiança é o ato de deixar de analisar se um fato é ou não verdadeiro, entregando essa análise à fonte de onde provém a informação e simplesmente absorvendo-a.
O grau de confiança entre duas pessoas é determinado pela capacidade que elas têm de prever o comportamento uma da outra.
Como resolver isso? A rapidez na solução da desconfiança dependerá do grau de abertura existente entre nós, tenho medo... sinceramente nunca havia me sentido assim e é estranho, é amargo, e estou tendo que conhecer como reajo com essa insegurança. Por outro lado, não sei, temos tentado conversar, nos abrir, nos expôr, eu estou e sou transparente, nao menti e não omiti, mas nao consegui sentir o mesmo da parte dele... não sei se o tempo resolve/cura isso, ou se algumas atitudes dele, ou se até mesmo isso nao vai passar. São aquelas mentiras que ocorrem com relativa facilidade e que no futuro tornam-se novas e elaboradas mentiras para ocultação da verdade.
Resultado dessa bagunça toda? Sem comer e dormir descentemente há dez dias, -4kgs (ao menos isso acho q é bom né).
Ps. Intrínseco; refere-se a algo que está no interior de uma coisa e que é essencial para sua existência. Assim como a confiança está para o relacionamento.
Ontem na cama, antes de adormecer, lembrei-me de coisas de que gostaria de esquecer, e perguntei-me onde estava com a cabeça? Quando acordei oito horas depois, tudo bem! A verdade é que isso não é tão verdade assim, e não me refiro a serem memórias desagradáveis, nem a me ter arrependido delas. Mas, sim, a ter preferido arrepender-me, porque me faz sentir estranho, não sentir coisa alguma. Faz-me sentir que sou ninguém. Mas, não fosse assim, não seria eu mesmo!
Ontem eu ouvi uma canção que falava de amor, e me perguntei se sabia do que estava falando. Creio que sim, ou não estaria falando sobre isso agora. Sobre você. Mas não me será estranho se você se perguntar “do que ela esta falando?” porque , ao final das contas, soma , divisão, separação, nem eu mesmo sei!
Não o sei, pois que me perco agora em pensares tão aleatórios quanto é possível haver sorte no que penso (sei que o som do mar em uma concha nada mais é do que o ar do ambiente ressoando entre meu ouvido e nem por isso deixa de ser o som do mar).
Isso não tem a ver com atração física, mental, intelectual, espiritual, o que quer que seja, tem a ver com eu só estar feliz quando você esta por perto, quando estou com você, tem a ver com eu nunca estar realmente perto de (ou) com outro alguém, tem a ver com eu não precisar de sonhos quando a seu lado estou, e no entanto, tê-los mais do que em qualquer outro momento, e fé na validade deles! Tem a ver comigo, tem a ver com todas as distâncias serem tão grandes que inexistem quando não esta distante, tem a ver com você, tem a ver com nada ter algo a ver com isso, e não fazer diferença alguma.
Esta provavelmente não é a primeira declaração de amor à você , e provavelmente nem mesmo a minha primeira, dentre tantas outras, as que sequer notou, e outras mais ainda que nem eu mesmo notei! Sei que meu amor não é algo maior do que o de outro apenas por minhas palavras serem mais belas. Mesmo porque, eu não sou capaz de dizer com palavras o que realmente sinto (e deve ser por isso que causo tanta confusão, perda, solidão, quando o digo).
Perdoe-me se o machuco, nunca foi minha intenção causar tanta dor por gostar de você tanto assim. Eu só queria pedir emprestada uma parte do seu coração, em que coubesse o que já não cabe mais somente no meu. Um dia pretendi dividir minha alma com você, e agora lhe acompanha, afinal, parte do que há nela, e talvez um pouco mais.
Desculpe-me por acrescentar ainda um outro tanto, desculpe-me por a amar tanto, desculpe-me por não querer qualquer perdão que não meu próprio pranto. E desculpe-me por me desculpar tanto assim, mas é que ontem eu adormeci, e não sonhei que você estava aqui, fez-me sentir estranho, sonhar algo assim. Então, peço-lhe ao menos que, de agora em diante, o sonhe por mim. Porque eu ainda preciso e não sonho mais.
Texto do Felipe, um colega virtual. * adaptada pro feminino.
Como vocês bem sabem, adoro filmes, é um dos meus hobbies. Todo ano, assim que o Oscar determina seus indicados, eu e alguns amigos assistimos aos filmes e debatemos, fazendo nossas colocações e argumentações sobre as produções, as vezes (quase sempre) diferentemente da premiação. Não importa o que a Academia revele no dia 22, eu já tenho o meu melhor filme de 2008/09.
"The Reader" (O Leitor) , com Kate Winslet, Ralph Fiennes e o novato David Kross. Confesso que pouco sabia sobre o filme, apenas que tinha dado o Globo de Ouro de atriz coadjuvante para Kate e outras cinco indicações ao Oscar, incluindo as três principais, melhor filme, melhor diretor e melhor atriz.
O filme não precisou de muito para me cativar, se passa no pós guerra, na Alemanha, com vários atores alemães e a Kate Winslet. Farei uma breve sinopse abaixo, recomendo aos fãs de bons filmes que assistam e garanto, é uma obra que ficará eternizada e que Kate finalmente merece sua tão esperada estatueta após seis indicações.
No pós guerra da Alemanha, a fiscal de passagens Hanna ajuda o jovem Michael ao perceber que o mesmo não passava bem, assim surge um tórrido romance entre um jovem de 16 e uma mulher de 30, até que misteriosamente Hanna desaparece sem deixar vestígios. Quase dez anos depois, o reencontro é não só emocionante como surpreendente.
Por melhor que o pai seja, mãe é mãe. Tenho um amor incondicional pela minha mãe, somos muito parecidas, brigamos, batemos boca, mas também saimos fazer compras juntas, passear e é uma das companhias mais gostosas que tenho. Obviamente muito do que sou hoje, do que aprendi com ser mulher, adquiri dela.
Taí uma frustração que nunca vou conseguir superar e dizer "está cicatrizada e aceita", quantas e quantas vezes não chorei no colo do amado, pq nunca poderia dar um filho pra ele, o fato deu não poder ser mãe judia, tá, posso adotar? Posso, mas não sei, não tenho opinião formada sobre o assunto.
Eu queria mesmo era engravidar, gestacionar, ter um filho, do meu sangue fundido com o sangue do meu amor, sentir os enjoos, as vontades, ficar chata pelos hormônios, sentir a libido ir nas alturas, fazer sexo grávida (que dizem ser o melhor da vida), andar pelas ruas exibindo aquele barrigão lindo, engordar, inchar, ter estrias no quadril, ser uma grávida que faz pilates, ioga e assim dar a luz um filho, sofrer todas aquelas dores do parto, ver meus peitos caírem e o bico rachar com a amamentação. E não teria só um não, teria no mínimo 3 filhos, se tivesse bem financeiramente, aí seriam de 4 a 5.
E gostaria que o primeiro fosse um menininho, educa-lo pra ser um homem adorável, gentil, pois belo ele certamente seria na mistura linda entre eu e o pai dele. Ver naquele ser ambas as características, a minha boca e o narizinho do pai, meu cabelo e os olhos dele. Faria questão também de usar o sling, aquela faixa de tecido que as africanas usam para segurar/apoiar o bebê no colo e poder ter as duas mãos livres, sem falar no contato presente sempre, entre mãe e filho.
Passar os valores e condutas éticas que recebi, levar pra praia, tomar banho de banheira juntos, levar pra dançar quadrilha na escolinha, no tae kwon do e ao observar ele e o pai brincando juntos, reconhecer manias, caretas e expressões minhas e do pai, como uma mini-copia.
Ah a maternidade, no alto dos meus 24 (qse 25 anos), nesse momento, estaria grávida, seria uma mãe jovem e isso em nada atrapalharia minha carreira, pelo contrário, adoro a idéia de ser uma mãe multifacetada.
Um casal sem filhos é algo triste, solitário, não tem gato, cachorro, papagaio que dê jeito.
Minha dica, meu conselho, minha mensagem é... Mulher, valorize, goste e regojize-se em poder gestacionar, ser mãe, em poder dar a vida a outro ser, ame e curta demais esse seu momento quando ele chegar, pois ele é exatamente o que eu sempre vou querer e jamais poderei alcançar.
Lindo vídeo do Jornal Hoje sobre a utilização do Sling, cada vez mais popular no Brasil.
Você não faz idéia (a não ser que você também tenha passado pelo que passei) das coisas que passam na cabeça de uma adolescente que se vê num corpo que não é seu. Se um adolescente normal já costuma ser problematico e a cabeça fica uma zona, piora isso umas-muitas vezes, talvez você chegue a imaginar... não, não dá pra imaginar. É pura confusão, introversão, por não saber "o que" nem "quem" eu era, já que eu percebi que me tornar mulher nao ia acontecer da noite pro dia, eu tentei me revoltar contra Deus, mas isso não durou um dia. Venho de uma família bem curiosa religiosamente... meu pai é espirita, mas ja foi da rosa-cruz e tudo que imaginam, mamae é católica nao-praticante e minha irmã é uma evangelica moderada. Eu fiz comunhao, frequentei a missa por algum tempo, mas nao crismei e nem continuei mais numa igreja que nao me acolhia e que tem hábitos e costumes absurdamente ultrapassados (meu ponto de vista). Porem, mantive minha espiritualidade, minha fé, minha cristandade.
Conversava muito com Deus, primeiro rezei o terço, fazia promessas e passava noites e madrugadas rezando terços, as vezes até rosários. Depois, cansei das orações decoradas do catolicismo, passei a ter uma conversa (como até hoje), de igual pra igual, de filha com Pai. No começo foram perguntas típicas, como: Por quê comigo? Por quê não nasci normalzinha como as outras? Pra que me fazer sofrer tanto assim? O que fiz de errado? Depois vieram as de revolta, de negação ou de tentar "facilitar" as coisas, tipo: Me faz ter câncer e morrer, pegar uma doença muito séria ou pode ser um acidente. Suicídio, curiosamente, eu nunca tentei. Não que me lembre.
Mais pra frente, veio a fase da aceitação, e é dessa parte que mais gosto de lembrar, pois foi quando senti Deus dentro de mim, do meu lado, me acompanhando, me ajudando. Eu passei a pedir apenas paz. É, paz de espírito, paz mental, consciência tranquila, em paz, para poder raciocinar e refletir. Eu implorei, durante meses, meses a fio... por paz, fazia minha oraçãozinha, conversava com Ele sobre meu dia, agradecia, pedia proteção aos meus e depois dizia que iria pedir apenas uma coisa pra mim mesma... paz. Foi quando certa noite tive um sonho, que hoje, depois de mais de 10 anos eu já nao me lembro se tais fatos foram tão reais quanto eu vou citar ou se muita coisa acabou se perdendo ou se 'criando'.
Eu estava num trigal todo dourado, num dia lindo de sol, sem nuvem, caminhando tranquilamente até que avistei uma cobra, uma naja, que estava pronta para me atacar. Corri desesperadamente em direção a uma figueira frondosa que havia no meio do trigal para tentar escapar do bote e quase lá, já exausta, caio no chão e a cobra vai me picar quando surge no céu um leão, lindo, como o de Nárnia, e em uma nuvem logo atrás, uma luz muito forte que ofuscava seu rosto, Ele, Deus, todo em Sua veste branca, enorme, soberano, lá parado, sem dizer uma palavra... o leão atacou e matou a cobra. Eu aos prantos me prosto frente a Deus e agradeço, imensamente, por ter me salvado, por ter me protegido, e Ele, apenas me diz com sua voz de trovão que estaria e estará sempre do meu lado. Eu digo que O amo e juro amor eterno... e acordo, na cama, chorando copiosamente.
É um sonho que me marcou de tal maneira, que me lembro destes detalhes... como disse, não sei se alguns desses detalhes foram inventados pela minha mente (se bem que esse sonho foi criado por ela né), mas que esse sonho existiu e que ele mudou drasticamente minha maneira de enxergar os acontecimentos, isso eu tenho certeza.
Eu tive a paz que tanto pedi, consegui obter sucesso na minha transição, na minha adequação e consegui tudo isso com muita paz e apoio.
Eu voltei a orar por paz, porque não está fácil...
Foto: Trigal na região oeste do PR, até hoje quando vejo um trigal, não resisto e paro para caminhar por entre ele e ali fazer uma oração.
Impossível alguém desconhecer Jane Austen. Caso você que esteja lendo e não ligue o nome a pessoa, vou tentar ajudar, "Razão e Sensibilidade","Orgulho e Preconceito", "Persuasão", "Emma" ? Jane é a maior escritoria inglesa depois de Shakespeare. Tendo a própria vivido uma triste história de amor e morrido jovem em decorrência de uma rara doença (que tambem virou filme, em "Becoming Jane" com a extraordinária Anne Hathaway). Deixou ainda duas obras inacabadas e algumas peças para teatro.
Todos esses livros já tiveram várias versões, algumas mais famosas, outras menos. A BBC lançou ano passado uma coletânea com os maiores títulos em novas interpretações, mais fiéis aos livros e menos comerciais, ou seja, quase sem atores famosos. Foi um sucesso. A versão de Razão e Sensibilidade é incrivelmente superior a versão americana de 1995. Ontem assisti Persuasão, confesso que não conhecia a história e fiquei curiosa após este ser citado em um outro filme que adoro "A Casa do Lago" com Keanu Reeves e Sandra Bullock, onde a personagem de Sandra diz que este é seu livro favorito. A história de Persuasão (Persuasion) é linda e mais uma vez mostra a visão do homem de Jane,incorruptível e íntegro. Recomendo a todos, de verdade, que assistam. O filme está disponivel para ser baixado pela internet (via torrent) e a legenda disponivel no http://www.legendas.tv/ . Só para citar, sem estragar o final para os que irão assistir o "Persuasão", abaixo vou colocar a carta escrita pelo Capitão Wentworth, que eu caí em prantos (como queria receber uma carta assim), ah sim, é só selecionar abaixo com o mouse que voce vai conseguir ler:
"Srta. Elliot, não posso suportar isto por mais tempo. Você trespassa-me a alma. Sou metade esperança e metade agonia. Pode ser que tenha sido injusto, fraco e rancoroso, mas jamais inconstante. Me ofereço a você com um coração que é ainda mais seu, do que quando o despedaçou 8 anos atrás. Não amei ninguém além de você. Vim a Bath unicamente por você. Meus pensamentos e planos são todos para você. Não se deu conta? Mal posso escrever. Devo partir, inseguro quanto ao meu futuro. Uma palavra, um olhar, serão suficientes. Não me diga... Não me diga que é tarde demais, que sentimentos tão preciosos se foram para sempre."
Na próxima semana estarei ausente, vou fazer um retoque estético na minha txchuca, lá com o Dr. Cury. Me desejem sorte.
Bom, descobri porque da demora no ofício da minha retificação ficar pronta. Entrei em contato com a minha advogada na sexta-feira, e para minha triste e infeliz notícia, meu processo foi para São Paulo devido a recusa do promotor.
Pois bem, fiquei sem entender. Em Dezembro passado, o promotor me convocou, as vésperas do natal, para um entrevista pessoal com ele, para avaliar o meu pedido de retificação. Fui, toda tensa, ansiosa, estava lá no horário, de tailler preto da Zara, cabelo preso num coque, salto nao muito alto, toda discreta, quando ele apenas me olhou, "ah, estava esperando outra coisa", leia-se "ah, estava esperando uma drag de mini saia e top pink", fez três perguntinhas relacionadas a minha vida íntima, disse que tudo bem, que iria me ajudar, que concordava com a retificação.
Pois bem, aí que vem a questão. O juíz, na maior das boas intenções, na hora de dar a sentença em Setembro, disse que não deveria constar na antiga certidão que houve a retificação, ou seja, aquela certidão seria desprezada e descartada, como se eu tivesse nascido perfeitinha, lá em 1984. Esse não é o praxe, mas achei legal, nao reclamei e nem sabia disso. Fiquei sabendo porque, quando a sentença chegou nas mãos do promotor (esse mesmo que havia me entrevistado anteriormente), ele viu que faltava esse detalhe e entrou em contato com o juíz:
- Epa, mas não pode, tem que constar na certidão antiga que um dia ela já foi ele. - Não venha se meter na minha decisão, isso só vai atrapalhar a moça, afinal, ela é uma moça, a quem interessa oq ela já foi um dia? não vou mudar e ponto.
- Beleza, então eu nao aceito e vou mandar lá pra comarca de São Paulo decidir.
E assim, os dois fuderam um pouco mais com a minha vida, que vai ficar mais um tempo empacada e emperrada até sabe Deus quando. Agora eu te pergunto, será que eles pensaram algum momento em mim?
*Diálogo obviamente criado pela minha mente. Música da semana: Pois é - Los Hermanos (Fundição Progresso)
Na última parte do documentário, vemos um caso feminino-para-masculino de um jovem de 17 anos, Jeremy. Também uma explicação rápida e simplificada pela Dra. Joe Olsen, do processo hormonal nos dois casos da transição.
Foi muito enriquecedor para mim traduzir e assistir esses vídeos, aprendi ainda mais sobre o problema que tive/tenho. Espero poder ajudar de alguma forma tambem a quem assista. Quem sabe agora, com meus documentos retificados, voltar a estudar, me tornar uma biocientista ou geneticista e me dedicar ao estudo das síndromes e doenças sexuais. Quem sabe...
Na quarta e penúltima parte do documentário, conheceremos Riley mais a fundo, a inveja que sente de sua irmã gêmea ter nascido como ela queria, normal, e as opressões e agressões que sofre na escola, por ser quem é. Acho que todas(os) ou quase todas(os) nós, transgêneros, passamos por esse problema na escola.
Na próxima e última parte, veremos a transformação de Rebecca em Jeremy (FtM), que escreveu uma carta para os pais, dizendo que apesar de ter nascido menina, sempre se sentiu menino.
Na terceira parte do documentário, conhecemos Riley, uma doce menina de 10 anos, que sofre desde muito pequena com seu corpo. Após tentativas de mutilação e de suicídio, o apoio dos pais e dos profissionais fazem com que hoje ela esteja em transição de masculino-para-feminino. Uma frase da mãe de Riley que me tocou bastante é "Ela tem um defeito de nascença, e eu não consigo imaginar um pior para uma mulher, do que nascer com um pênis." Acompanhem,