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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Porque ser Blair é tão bom

Se dinheiro não tras felicidade, te faz sofrer em Paris.


A Blair não é a mocinha e nem de longe quer ser. Por mais que em seus sonhos queira ser a Audrey, ela é sempre a megera da Bette. Ser a Vanessa deve ser um porre. Sempre chatinha, certinha, politicamente correta e quando vai fazer alguma coisa articulada, da merda. A Serena? Ela me cansa um pouco, deveria ter puxado uns traços mais marcantes da CeCe.

Tenho uma memoria relativamente boa, mas como todos (creio eu), costumo apagar as coisas ruins q acontecem, ou melhor, sei q elas existiram, mas nao sinto aquela dor, nem lembro, só sei q doeu, que machucou, que aprendi. Tipo Blair x Chuck, não que o topico seja o mesmo, whatever.

Neste ultimo mes, algumas situações me acometeram curiosamente. Uma pessoa q eu não tenho contato, não via ha anos "me reconheceu", prontamente disse que a pessoa estava equivocada e agi com naturalidade. Estranho, já nem me lembrava de nenhuma das pessoas, nem a que indagou, nem a indagada. Tipo quando Serena voltou e tdo mundo ficou olhando pra ela como uma doida surtada e baladeira? Vergonha da Georgina sabe?

Na faculdade estuda o noivo de uma conhecida, e já cruzei com ele algumas vezes. Pela gentileza ou cordialidade, não sei, fingimos não nos conhecer, afinal, se trocamos 2/3 palavras em vida, foi muito, mas obviamente, meu segredo permanece com ele, ou até que ele se lembre, ou talvez, eu esteja dando muita importancia pra minha existencia na vida dessa pessoa. Dan e seu egocentrismo...

Porque será que não parece que foi ontem? Parece uma outra vida? Outra temporada, a terceira que já esta no fim e a quarta que vem, só que pra gente, as temporadas duram sei la, umas 70?

segunda-feira, 22 de março de 2010

Roubaram meus filmes

"Da licença, me devolve, isso é meu!"

Ainda não posso dizer como é, ou o que é viver sem alguém que se ama, perder alguém, sentir que falta algum pedaço de si. Mas quando perco meus filmes, sinto e muito.

Gosto de partilhar, de fazer com que os queridos meus, tambem sintam o que senti vendo obras-primas da sétima arte, mas confesso que meu ciúme parte com cada capinha ilustrada que se vai.

Saber que mesmo que demore, mas ele voltará, que está bem cuidado, compartilhado, que foi devidamente visto e compreendido, me satisfaz e me tranquiliza, mas e quando não tem volta? Quando não volta, a solidão e a falta deles me comove como numa cena de drama épico.

Roubaram meus filmes, levaram vários pedaços de mim, e por mais que eu insista em cobrar, em pedir, sou ignorada e nunca mais vi meus filmes. Será que ao verem suas dvdotecas cheias, com obras de outrem (as minhas) não vão eles sentir-sem bonnie & clydes de parte da minha vida? será que estou conseguindo elaborar essa minha conclusão intimista?

Quando lhes confiei este material, na esperança de ve-los de volta, não importa o que se passou, sei que não voltam mais, me pergunto, o que fez então? com raiva jogou fora? guarda como recordação material? Ora, guarde os cafés, os passeios e fotos se quiser, mas meus filmes, devolva-me, afinal, tenho certeza que tudo que era seu, o sedex entregou.

Sei que essa mensagem é ambígua e abrangente, tem carapuças que servirão e outras nem chegarão, mas sinto falta dos meus cassavetes, meyeres, coppolas, egoistamente, meus!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Vilãs da vida real

Não vejo maldade nas pessoas, acho e acredito sempre no lado bom de cada um. Acho que já até falei sobre isso aqui.

Não que eu seja A boazinha, a fernanda-do-bbb da vida real. Claro que nao, eu tenho la meus momentos, se alguem me provocar onde-dói, sei me defender, mas a minha índole, meu instinto e minha alma, exala boas coisas, diferente de alguns.

Tinha uma 'colega' de colégio, que meio burrinha, colou em mim após perceber que ia bem nas matérias. Eu na inocencia, fiquei encantada por ela, no alto do seu pedestal (que depois se revelou ser de papelão, somente de aparencia), queria minha 'amizade'. Puro interesse. Demorei pra perceber, varias pessoas tentaram me abrir os olhos, mas ela conseguiu me enrrolar por alguns anos. Até uns 4 anos atrás termos discutido e paramos de nos falar. Por ela ser má, e até certos pontos, venenosa, tenho receio de cruzar com ela no mundo afora. Com minha sindrome do bullying, do medo de ser exposta, ando tendo sonhos (pesadelos) terríveis de ser 'desmascarada' por esta víbora na faculdade. Sem-pé-nem-cabeça, MAS, como Freud diria (e nisso a Anna Oh pode até me corrigir se eu tiver errada rs) são realização de desejos ou de pavores. Neste caso, pavor.

Ver minha vida devassada e exposta na faculdade, a do noivo, ser mais uma vez apontada e vista como 'alien', que Deus me proteja, da inveja alheia, das linguas maldosas, das pessoas que tem prazer no mal, aquelas que não são como eu, que acreditam sempre no bem, na parte boa.

Posso estar me repetindo, pode ser tolice, pode ser tudo que qualquer um quiser pensar, mas eu vou morrer inconformada com as pessoas maldosas. Portanto, se voce é ingenua igual a mim, abra os olhos, veja maldade sim, porque ela existe!

Tal qual Alba (Jaqueline Andere), que infernizou a Maria (Victoria Ruffo) em "A Madrasta", Jaqueline é a campeã de vilãs nas novelas mexicanas.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Obcessoras e Obsessivas


O sucesso e o bem-estar pessoal, causam alegria aos que nos gostam e inveja aos demais. Quem já nao teve ou conheceu alguém que quer exatamente tudo que você tem, quer alcançar tudo que você alcançou, pintar o cabelo da mesma forma, no mesmo salão, se vestir igual, ter o mesmo peso.

Passo por isso, uma pessoa que quer ser o meu espelho. Essa pessoa não é minha amiga, nem uma conhecida, mas os comentarios de amigos em comum e pessoas próximas citam exatamente isso "ela está te copiando em tudo, correndo atrás para se tornar você!" Por um lado, é a prova do meu sucesso, é o reconhecimento de que estou plena e feliz, bela e realizada, em vários os aspectos. Mas sinceramente, prefiriria continuar incognita e com a minha vida aqui e ela com a dela, lá. Pena, dó e piedade são as únicas coisas que posso sentir por esta pessoa, que não tem maturidade, consciência ou capacidade de ser quem é. Todavia, como isto não está no meu controle, o que fazer?

Alterei minha rotina (infelizmente), parei de ir a alguns lugarem que ia semanalmente (sim, ela descobriu minha estética, minha loja favorita, onde compro meus brincos e vai a todos esses mesmos lugares), cortei qualquer vinculo que possa me levar a encontra-lá. Espero que logo, Deus me livre dessa situação, dessa inferioridade em forma de pessoa, afinal, nada pior do que ter um obcessor, uma pessoa obsessiva por você, no seu encalço, é de-plo-rá-vel.

Odiá-la? Nem tem como, só dó, puro dó.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Revelando meu T.O.C



Quem assistiu FRIENDS pelo menos uma vez na vida, sabe como são as neuras da Monica (Courteney Cox Arquette). Eu assumo, sofro do Monica TOC. Estou sempre arrumando tudo, limpando tudo, no meu quarto só descalço ou de meia, lençol e toalha trocado a cada dois dias, alcool é essencial pra mim, neurótica com germes e bactérias total.

Chamo de T.O.C mas obviamente falo na brincadeira, não sofro da doença e sei o quão séria ela é. No meu caso, deve ser culpa da minha mania de organização, responsabilidade e claro, limpeza e higiene! Deve ter haver com a profissão também, sei que não me considero tratável e gosto da minha mania rs.

Meu outro T.O.C é o da corrida. Quando começo a me exercitar (oq é só no verão), eu me torno uma 'fitnessjunkie', viciada, corro muito e sem estar bem alimentada ou preparada, ganho bolhas nos pés, fico inteirinha suada e só vou embora quando a noite cai ou quando alguém me manda embora da academia, depois sofro com a respiração irregular e ardida e com as tonturas. Só to esperando o calor chegar e meus peitos melhorarem pra voltar ao meu vício.

Má, ainda quero saber do seu TOC ta? Toteespiando,bjsteamoteamiga

Ps. Dica para uma malhação/corrida/musculação ainda mais animada, baixem os 2 cds "Black Eyed Peas -The E.N.D. [Deluxe Edition]" é adrenalina no nível maximo!

sábado, 19 de setembro de 2009

Sarah Willy da Silva Pooh

Coca normal com chocolate, morango com brigadeiro, com suspiro, beijinho de coco... nada disso me pertence mais.

Você lembra né? Daquele filminho batido da sessão da tarde "Free Willy" ? E também sabe que os ursos hibernam estocando comida no inverno, pois então, estou na dúvida de qual animal me assemelho, se a baleia ou urso.

Todo inverno (juro) eu engordo, de 5 a 7kgs, assim, num passe de mágica, começa esfriar, eu paro com os exercicios, corrida, combat e começo a comer e dormir na mesma intensidade e lá se vão os kgs subindo! Minha sorte é que tudo isso tem dia pra acabar, a quente e florida primavera chega nesta terça dia 22 as 18:18 (legal ne?) e logo em meados de Outubro o horário de verão, horrível pra acordar, mas maravilhoso pro dia render.

Em outros anos, que eu realmente estava muito inchada, desanimada e sem fazer nada, usei sibutramina, me ajudou muito, nada de efeitos colaterais, mas desde o ano passado quando consegui perder 15kgs em 4 meses só malhando e cuidando da alimentação saudável, vi que é muito melhor.

Em Outubro vou ficar de molho o mês todo (e logo vocês saberão pq) mas estou determinada a perder ao menos uns 2kgs até o começo do mês!

Adoro estar com o corpo lindo e sarado no verão, alta e torneada, nada de seca magrela não, com as minhas curvas, mas sem barriga, sem pneuzinho, escolher o biquini e ver ele servir lindamente em mim... o lado bom da vida? Celulite? Quase nenhuma, estria, duas minusculas no pneuzinho direito, ou seja, to no lucro perto de outras rsrs.

domingo, 2 de agosto de 2009

Fünfundzwanzig Jahre alt


Vinte e cinco!


Fazer 25... é de se refletir... muitos chamam de 'crise do quarto de vida' (viver até os 100? Pára!). Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado etc..

E cada vez desfruta mais do happy-hour que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são 'tão divertidas'... As vezes até te incomodam. E você estranha o bem-bom da faculdade, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante. Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.

Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são sim, os amigos mais importantes para você, ou não.

Ri com mais vontade, chora com menos lágrimas e com mais dor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. E se pergunta, quando será o seu.

Ficar bêbada e agir como uma idiota começa a parecer, realmente, estúpido. Sair os três dias do final de semana lhe deixa esgotada e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Ficar acordada até as 2 da manhã, já lhe parecem impossível, pois você vai sentir falta delas quando tiver que acordar as 6h.

Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso te dá um pouco de medo.

Dia a dia, você começa a se entender, sobre o que quer e principalmente, sobre o que não quer.

Suas opiniões se tornam mais fortes.

Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras... Apenas com medo e confusa.

Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça... Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos... Esses tempos são o cimento do futuro.

Parece que foi ontem que tínhamos 20... então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!

Vamos fazer valer esse tempo!

' A vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego...'

Texto de autoria desconhecida e alterado em algumas partes por mim.




Um dos meus presentes, o meu cheiro!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Ostentando a galhada

Quem dera esse fosse o apetrecho na minha cabeça...


Tem um ditado feminino que diz: São três as coisas das quais não podemos escapar na vida: os impostos, o chifre e a morte.

Posso dizer que não escapei das duas primeiras e certamente não escaparei da última.

Fui traída e assumo. Tudo bem, estavamos separados, 'um tempo', mas a partir do momento que decidimos voltar, ficar juntos e ele comeu outra, é um chifre, descobri e me confrontei com os dois, não em ato, mas, pouco importou.

Ai você me pergunta 'mas vc perdoou? voltou com ele?' foi difícil, está sendo difícil... se já não é facil resgatar um namoro, imagine com uma traição logo nas semanas inicias da volta. Mas, após um tempo, insistentes pedidos de perdão, de assumir os erros, resolvi dar uma nova chance a essa relação que tanta história e sentimento têm.

Pra quem me conhece, sabe o quão brava eu sou, irritada, estressadinha, sou das que buzinam no trânsito, reclama do cigarro no restaurante, do refrigerante quente e da demora na fila do banco. Mas, nessa situação minha reação foi de choque, de calma e de extrema tranquilidade. Obviamente, após algumas horas, aquilo tudo veio em lágrimas, dor, raiva, ódio, indiferença, uma miscelânea de sentimentos por dias, semanas...

meses... pois achei que passados alguns, com a convivência, com as satisfações e demonstrações de carinho, que tudo iria se reestabelecer e a confiança voltaria. Mas vejo que foi uma doce ilusão (ao menos por enquanto).

Sonhos (pesadelos) que atormentam, que mostram novas artemanhas e traições dele, e que novamente eu venho a descobrir... e ao acordar, estar com aquele gosto amargo na boca e o veneno nas veias. Saber que o melhor amigo dele de faculdade, que tem namorada, é um galinha, que dá corda e marca saídas as escondidas para 'galhar' a coitada (q eu conheço)...



Na próxima, vandalizo e ainda chamo as amigas pra registrarem

Tentar conversar e discutir o assunto? É pior, visto que remoendo algo que foi perdoado, o mesmo perde a validade, perde o perdão. O que é falado é lembrado, e o que as vezes pra ele já está encerrado, pode reaquecer e eu me tornar a chata, a ciumenta da história.

Me resta ser forte, manter a guarda e ficar de olho (sem ser neurótica) e claro, confiar em mim. Mas ele sabe e eu sei, que essa é a última chance, se ele for me trair novamente, que faça bem feito e nao deixe rastros, pq se eu descubro de novo, é como dizem: Não brinque com uma mulher traída.


CoisalindademeuD´us

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mande notícias do mundo de lá

Hermione e Harry usando um vira-tempo, objeto mágico que permite viajar no tempo.

Antes de dormir constumo pensar mto nessas besteiras, deve ser mal da ansiedade... angustiada e querendo respostas, quantas e quantas vezes não quis visitar meu futuro, por 10 segundos que fossem, pagando o preço que pagasse, gostaria de ter um vira-tempo do Harry Potter, sei la, uma vez por ano pra poder visitar meu futuro em qqer tempo "ah, quero me ver daqui dois anos, por um minuto", que fosse apenas ver, sem poder perguntar, falar, interagir, apenas assistir, como num filme. Claro, não podia ser um minuto enquanto eu tivesse dormindo, ou enquanto tivesse no banho, mas um minuto intenso, fazendo algo que eu pensasse "nossa, que bacana isso, Sarah!"

Apesar que, não sei se a Sarah de Abril 2007 ia gostar da Sarah de hoje, a Sarah de Abril 2007 tava feliz, radiante, prestes a operar, ansiosa e a Sarah de hoje... ai q preguiça da Sarah de 2009.

Até Dezembro... como vão estar meus documentos? meus peitos, vou finalmente ter siliconado-os? e o namorado, como vamos estar? minha poupança, vai ter saído aquela grana que estou esperando? e o meu carro novo? e o cabelo, escuro e comprido? e o show da Britney? e a faculdade? e mudar de cidade? e a viagem pra NY? e as unhas, compridas ainda? e Má, vai estar 'curada' do W e peituda? e a auto-estima? e a ansiedade, controlando já? parou com os remédios e florais? e...

Até Dezembro...

Ps. Vira-tempo, objeto da heptologia Harry Potter, que permite viagens ao passado ou futuro, o passado não pode ser mudado e a pessoa que voltar ou ir ao futuro, não poderá deixar que os outros percebam que ela está em dois lugares ao mesmo tempo ou que o seu "eu passado" descubra o seu "eu do futuro".

quinta-feira, 26 de março de 2009

O primeiro rivs a gente não esquece

Ansiedade: sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como vazio no estômago, pressão no peito, palpitações, transpiração, dor de cabeça, ou falta de ar.


Sou uma pessoa ansiosa, e reconheço que sou. Gosto de tudo do meu jeito, quando eu quero e como eu quero, sofro mto por ser assim, tento me controlar, mas é difícil conseguir segurar esse bicho interno.

Como vcs bem sabem, os ultimos 40 dias foram de pura loucura na minha vida, fui em terapeuta, em amiga q faz florais de bach, topei e tomei tdo que me deram, pra ansiedade, pra depressão, pra dormir, tudo tudo tudo. Agora, devido aos últimos acontecimento, a paz voltou ao meu coração e a minha mente, pq a vida continua e não pára pra gente sofrer.

Minha endocrinologista é minha amiga pessoal, devido a todo meu tratamento hormonal e terapia de reposição, nos tornamos íntimas. A tempos eu ouvia falar do medicamento chamado Rivotril, um ansiolítico poderoso, que li na Época inclusive, é o segundo remédio mais vendido no Brasil (pasmem!). Né? O bichinho devia ser bom, pois bem, liguei pra ela, conversamos e ela me receitou o rivs (é como as pessoas que tomam ele, carinhosamente o chamam).

Segunda foi um dia cheio, de faxina interna e externa, de mudanças (pintei e cortei cabelo) e decidi que era o dia ideal pra tomar o primeiro rivs. Tomei ele, meu anticoncepcional, os florais (pra depressão e pra ansiedade) e fui ver BBB na sky... gente! Não deu meia hora, deu uma coisa boa, uma euforia sem agitação, uma paz interior, uma felicidade, uma coisa de "tudo bem se ta tudo desabando", que dá MEDO! Mas né? TÃO maravilhoso! Ziprasidona que nada!

Dormi bem, como a dias não dormia, até levantei atrasada pra trabalhar, mas com um humor? Juro! Almocei com um casal de amigos, dia ótimo e assim seguiu, uma alegria boa dentro! Parece que trabalhei com duas marchas a menos.

É uma pena que vicía viu, pra mim é a felicidade em comprimido, ainda bem que me restam 99.

Ps¹:Má, eu vou ver se consigo uma receita pra vc e vc VAI tomar que tudo vai ficar colorido em Cuiabá!

domingo, 1 de março de 2009

Um conceito intrínseco


Eu sempre achei que num namoro se deveria contar tudo. Não que tenha que se tornar um tudo no sentido geral e amplo, como "to usando roupa preta e sapato amarelo" ou "estou indo comer uma coxinha" ou pior "vou ao banheiro", não, até pq esse tipo de atitude logo se torna um peso e um desgaste, afinal a individualidade deve ser mantida saudávelmente.

O "Tudo" que digo é em ter total confiança e não ter que inventar desculpas (ou mentir) para alguma coisa que tenha feito ou que vai fazer. No namoro é normal chatear e brigar, por coisas que eu fiz (e vice-versa) mas o pedido de perdão era verdadeiro e a confiança volta, na sua totalidade.

Crise dos 3 anos? Não sei, tinha ouvido na crise dos 7... Mas tenho me desapontado devido algumas de suas atitudes (ou falta delas) ou até mesmo com mentiras, pequenas, porem que me incomodam. É dificil ver que você nao conhece um lado da pessoa q vc acha que conhece tão bem, se pegar vendo um lado novo e não bom, me pergunto se conseguirei readquirir a confiança nas coisas que ele fala, visto que me disse q fala coisas sem senti-las (mesmo que seja com os outros, um dia pode ser pra mim)... se conseguirei não me tornar uma ciumenta possessiva ou daquelas que sempre está a espreita e imaginando que o namorado sai de casa e vai aprontar, ou q me esconde msg e ligaçoes no celular, ou pior, que marca encontros as escondidas com "amigas" e "ex-ficantes".

A confiança é o ato de deixar de analisar se um fato é ou não verdadeiro, entregando essa análise à fonte de onde provém a informação e simplesmente absorvendo-a.

O grau de confiança entre duas pessoas é determinado pela capacidade que elas têm de prever o comportamento uma da outra.

Como resolver isso? A rapidez na solução da desconfiança dependerá do grau de abertura existente entre nós, tenho medo... sinceramente nunca havia me sentido assim e é estranho, é amargo, e estou tendo que conhecer como reajo com essa insegurança. Por outro lado, não sei, temos tentado conversar, nos abrir, nos expôr, eu estou e sou transparente, nao menti e não omiti, mas nao consegui sentir o mesmo da parte dele... não sei se o tempo resolve/cura isso, ou se algumas atitudes dele, ou se até mesmo isso nao vai passar. São aquelas mentiras que ocorrem com relativa facilidade e que no futuro tornam-se novas e elaboradas mentiras para ocultação da verdade.

Resultado dessa bagunça toda? Sem comer e dormir descentemente há dez dias, -4kgs (ao menos isso acho q é bom né).

Ps. Intrínseco; refere-se a algo que está no interior de uma coisa e que é essencial para sua existência. Assim como a confiança está para o relacionamento.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Lágrima

Weine so viel...

Ontem na cama, antes de adormecer, lembrei-me de coisas de que gostaria de esquecer, e perguntei-me onde estava com a cabeça? Quando acordei oito horas depois, tudo bem! A verdade é que isso não é tão verdade assim, e não me refiro a serem memórias desagradáveis, nem a me ter arrependido delas. Mas, sim, a ter preferido arrepender-me, porque me faz sentir estranho, não sentir coisa alguma. Faz-me sentir que sou ninguém. Mas, não fosse assim, não seria eu mesmo!

Ontem eu ouvi uma canção que falava de amor, e me perguntei se sabia do que estava falando. Creio que sim, ou não estaria falando sobre isso agora. Sobre você. Mas não me será estranho se você se perguntar “do que ela esta falando?” porque , ao final das contas, soma , divisão, separação, nem eu mesmo sei!

Não o sei, pois que me perco agora em pensares tão aleatórios quanto é possível haver sorte no que penso (sei que o som do mar em uma concha nada mais é do que o ar do ambiente ressoando entre meu ouvido e nem por isso deixa de ser o som do mar).

Isso não tem a ver com atração física, mental, intelectual, espiritual, o que quer que seja, tem a ver com eu só estar feliz quando você esta por perto, quando estou com você, tem a ver com eu nunca estar realmente perto de (ou) com outro alguém, tem a ver com eu não precisar de sonhos quando a seu lado estou, e no entanto, tê-los mais do que em qualquer outro momento, e fé na validade deles! Tem a ver comigo, tem a ver com todas as distâncias serem tão grandes que inexistem quando não esta distante, tem a ver com você, tem a ver com nada ter algo a ver com isso, e não fazer diferença alguma.

Esta provavelmente não é a primeira declaração de amor à você , e provavelmente nem mesmo a minha primeira, dentre tantas outras, as que sequer notou, e outras mais ainda que nem eu mesmo notei! Sei que meu amor não é algo maior do que o de outro apenas por minhas palavras serem mais belas. Mesmo porque, eu não sou capaz de dizer com palavras o que realmente sinto (e deve ser por isso que causo tanta confusão, perda, solidão, quando o digo).

Perdoe-me se o machuco, nunca foi minha intenção causar tanta dor por gostar de você tanto assim. Eu só queria pedir emprestada uma parte do seu coração, em que coubesse o que já não cabe mais somente no meu. Um dia pretendi dividir minha alma com você, e agora lhe acompanha, afinal, parte do que há nela, e talvez um pouco mais.

Desculpe-me por acrescentar ainda um outro tanto, desculpe-me por a amar tanto, desculpe-me por não querer qualquer perdão que não meu próprio pranto. E desculpe-me por me desculpar tanto assim, mas é que ontem eu adormeci, e não sonhei que você estava aqui, fez-me sentir estranho, sonhar algo assim. Então, peço-lhe ao menos que, de agora em diante, o sonhe por mim. Porque eu ainda preciso e não sonho mais.

Texto do Felipe, um colega virtual.
* adaptada pro feminino.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A mulher e a libido

Quando comecei minha transição, há 8 anos atrás, uma das coisas que mais afetou foi a queda/perda da libido, afinal, um corpo que queira ou não, sofria com ataques pesados da testosterona (um hormônio altamente libidico) e que caí drasticamente com remédios a base de estrógeno, progesterona, finasterida e outros bloqueadores, não há corpo que não sinta os efeitos, os bons e tb os ruins, como é o caso da libido.

A libido nada mais é do que o vulgarmente conhecido "tesão", do latim, significando "desejo" ou "anseio" e é caracterizado como "a energia aproveitável para os instintos de vida" (bonito né?) Freud dizia que o ser humano têm uma fonte de energia separada para esse instinto.

Voltando a falar da importância da libido na minha vida, teve vezes que cheguei a me questionar se estava frígida e se iria continuar assim pra sempre. Uma foi quando comecei a tomar as doses hormonais cavalares (tdo com acompanhamento, que fique bem claro); outra logo após a CRS, em que a taxa de testosterona vai a praticamente zero e seu corpo fica menopausático por alguns meses; por último quando não sentia mais desejo pelo namorado. Sofremos muito nessa época, eu nao entendia oq acontecia comigo e nem ele. Fiz coletas de exames, falei com a minha endocrinologista, e curiosamente meus exames estavam ótimos e nada deveria estar afetando minha libido ou causando aquela "frigidez".

Testar a libido... pode parecer engraçado, mas antes da cirurgia, qualquer foto ousada, vídeo erótico ou pensar no ex, já me deixava excitada. Após a CRS, tudo muda, nos tornamos o forno à lenha, que precisa ser preparado, assoprado, atiçado, esquentado, para então ficar acesa e pronta.

Sou leonina, e apesar de não acreditar nesse papo de signo, sou altamente sexual e fogosa. Eu já me acostumei a ser sempre a mais insaciavel da relação, não que o namorado não dê no couro, pelo contrário, nossa relação voltou aos bons tempos rs, mas pra mim, qualquer hora é hora, uma lambida na orelha, uma mordida na nuca, uma passada de barba nas costas e isso basta para eu já querer ir pra de baixo dos lençóis, ou pra cama, ou no chão mesmo.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Alguém viu minha vida por aí?

Tédio. Apreensão. Frustração.



As vezes até eu acho que estou me tornando repetitiva, mas, fazer o quê, é a vida que me faz assim, queira ou não queira, está emperrada. Como vocês bem acompanham, desde quando fiz minha CRS em 2007, sai do hospital e dei entrada no pedido de retificação civil (adequação dos documentos.) Minha retificação saiu em Setembro 2008 e um mês depois foi revogada (houve recurso) por parte do Ministério Público Paulista e o mesmo foi encaminhado para a capital. Em Novembro o orgão entrou em contato solicitando uma conciliação da sentença, minha advogada acatou, mas desde então, nada de retorno. Quanto tempo vai levar pra que o ministério publico ou algum promotor se sensibilize, pegue a ação em mãos e resolva tudo de uma vez? Ano passado lembro que pensava "Ainda esse ano sai" e não saiu, agora, me pergunto, será que vai? São Paulo é foda nesse ponto, essa lentidão da justiça me mata, me agonia, me tira o sono!

' Engraçado' (oi?) é que nem estou pedindo muito, o processo de retificação pós-cirurgia já é via de regra aqui no Brasil, visto que não temos legislação a respeito, devido a lentidão da Senadora Fátima Cleide, que desde 2007 tem parado um projeto (já aprovado pela câmara) da qual é relatora, que viabilizaria a retificação quase que automaticamente.

O curioso é que as situações só se tornam constrangedoras quando apresento meus documentos, que ainda constam com meu nome de batismo, ou seja, meu físico feminino e natural atual não condiz em absoluto com o que consta lá no papel, masculino e testosteronado. Após o fato constatado e os olhares apavorados, eu não posso parar e relatar minha biografia, nem saco pra isso eu tenho. Dói? É chato? Desagradavel pra caramba? Me sinto mal? Oh! Só quem passa por isso sabe o que é! Voltamos naquela questão de um post meu antigo aqui, da importância do nome.

Na faculdade, eu só quero me preocupar com as provas, com os trabalhos e não com o nome masculino na lista de chamada; no trânsito, só quero ficar atenta aos sinais, as setas, as placas e aos motoqueiros, não com o policial preconceituoso de uma blitz; na balada, eu quero mais é me divertir, me preocupando apenas com quem vai me levar pra casa se eu ficar muito bêbada e não em chegar lá e ter de apresentar a identidade na recepção; e o cartão de crédito, ah o cartão de crédito, só quero ter certeza que vou ter dinheiro pra pagar a fatura.

Poderia não me importar, peitar o mundo e fingir q sou inabalável com essas coisas? Poderia, mas eu não sou assim. Quero logo minha retificação, o ofício do juiz em mãos, quero é ter Sarah lá no documento, lá no cartório, estudar, trabalhar, ter minha casa, casar, apenas levar uma vida que seja o mais normal possivel, sem causar, sem escrever um livro sobre minha história, muito menos servir de inspiração pra quem quer que seja.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Mãe Mutter Madre Mere Havha


Por melhor que o pai seja, mãe é mãe. Tenho um amor incondicional pela minha mãe, somos muito parecidas, brigamos, batemos boca, mas também saimos fazer compras juntas, passear e é uma das companhias mais gostosas que tenho. Obviamente muito do que sou hoje, do que aprendi com ser mulher, adquiri dela.

Taí uma frustração que nunca vou conseguir superar e dizer "está cicatrizada e aceita", quantas e quantas vezes não chorei no colo do amado, pq nunca poderia dar um filho pra ele, o fato deu não poder ser mãe judia, tá, posso adotar? Posso, mas não sei, não tenho opinião formada sobre o assunto.

Eu queria mesmo era engravidar, gestacionar, ter um filho, do meu sangue fundido com o sangue do meu amor, sentir os enjoos, as vontades, ficar chata pelos hormônios, sentir a libido ir nas alturas, fazer sexo grávida (que dizem ser o melhor da vida), andar pelas ruas exibindo aquele barrigão lindo, engordar, inchar, ter estrias no quadril, ser uma grávida que faz pilates, ioga e assim dar a luz um filho, sofrer todas aquelas dores do parto, ver meus peitos caírem e o bico rachar com a amamentação. E não teria só um não, teria no mínimo 3 filhos, se tivesse bem financeiramente, aí seriam de 4 a 5.

E gostaria que o primeiro fosse um menininho, educa-lo pra ser um homem adorável, gentil, pois belo ele certamente seria na mistura linda entre eu e o pai dele. Ver naquele ser ambas as características, a minha boca e o narizinho do pai, meu cabelo e os olhos dele. Faria questão também de usar o sling, aquela faixa de tecido que as africanas usam para segurar/apoiar o bebê no colo e poder ter as duas mãos livres, sem falar no contato presente sempre, entre mãe e filho.

Passar os valores e condutas éticas que recebi, levar pra praia, tomar banho de banheira juntos, levar pra dançar quadrilha na escolinha, no tae kwon do e ao observar ele e o pai brincando juntos, reconhecer manias, caretas e expressões minhas e do pai, como uma mini-copia.

Ah a maternidade, no alto dos meus 24 (qse 25 anos), nesse momento, estaria grávida, seria uma mãe jovem e isso em nada atrapalharia minha carreira, pelo contrário, adoro a idéia de ser uma mãe multifacetada.

Um casal sem filhos é algo triste, solitário, não tem gato, cachorro, papagaio que dê jeito.

Minha dica, meu conselho, minha mensagem é... Mulher, valorize, goste e regojize-se em poder gestacionar, ser mãe, em poder dar a vida a outro ser, ame e curta demais esse seu momento quando ele chegar, pois ele é exatamente o que eu sempre vou querer e jamais poderei alcançar.

Lindo vídeo do Jornal Hoje sobre a utilização do Sling, cada vez mais popular no Brasil.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O cupido míope


Ouço sempre sobre amigas e seus casos complexos e complicados. Culpar o cupido é fácil, mas será que você está prestando atenção em alguns detalhes? Se apaixonar por homem covarde. Se apaixonar por homem comprometido. Se apaixonar por homem depressivo. Qual seria a pior opção? Qual seria a mais complicada e complexa?

Bom, um homem covarde, nunca vai te assumir, nunca vai tomar decisões e atitudes, nunca vai se mexer, te prometerá mundos e fundos e não cumprirá nem um quarto, esperando q voce seja a rainha das decisões e das obrigações, que leve a relação no colo, por que dele, nao virá nada.

E quanto ao homem comprometido? Esse também não vai te assumir, vai dizer que o relacionamento dele está péssimo, que está desabando, que ele nao ama mais a fulana, q ele ama mesmo é você, que voce é a mulher da vida dele (ou variantes do tipo), voce vai achar lindo, vai adorar, vai pensar "ah, ja existiram caras q largaram da namorada pra começar com outra". Depois de uns dois meses, você vai cansar da indecisão dele, e vai querer satisfações "e ai? dá ou desce?" e dele, nada virá.

Ah, o depressivo. É foda, você, mulher, no âmago do seu estrógeno, ter que ser forte, madura e responsável pela relação e ainda tentar levantar o moral do cara. Tem mulher que gosta, serio, dos homens coitadinhos, dos que precisam sempre de colo, de afeto, que voce diga 1 milhão de vezes que ele ta otimo daquele jeito, que tem q levantar e sair dessa prostação.

Tem gosto pra tudo, né?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Xantopsia van Goghiana

Quase sempre me pergunto, por que me dedico com tanta intensidade as minhas relações? Não me refiro apenas as amorosas nao, me refiro as amizades também. Eu sou o tipo de amiga tola... vou explicar porque sinto isso. Bom, eu quando gosto de alguém, quando meu "santo bate" , nossa, eu viro A melhor amiga, faço tudo que você possa imaginar para agradar e fortalecer os vínculos. To sempre pronta pra qualquer convite, desmarco o que for pra priorizar um amigo querido, viajo pra reencontrar, envio dvds pelo correio, envio presente no aniversário, ligo, mando torpedo, sou do tipo amiga, AMIGA!

Quando namoro então, nossa... adoro companheirismo, cumplicidade e minha entrega é absoluta. Mas ao mesmo tempo, não sou grudenta, nao me considero e nao gosto de grudentismo e chicletismo. Agora, eu pergunto, as relações interpessoais não deveriam ser sempre assim, de ambos os lados? Por que eu sinto que quase sempre sou eu quem me dôo mais? Por que eu não consigo sentir um feedback? Será q eu to errada em pensar dessa forma, deveria agir e pensar de outro jeito, ser menos "amiga", mais relax e descolada, ou uma namorada mais "to nem aí"? Q seja...

Nao sei, mas esse é um dilema que me persegue e a frustração que vem acompanhada, é horrível. Me sinto como se mendigando algo que deveria vir espontaneamente de volta e isso, convenhamos, não é nada digno, ou eu espere demais das pessoas, espere as atitudes q eu mesma tenho e tomo como se fosse um padrão de comportamento, oq nao é verdade, visto que cada um reage e age de um jeito. Talvez por isso, ultimamente eu tenho ficado tao recatada, restrita, fechada, sem querer novas amizades, nem indo muito atrás dos antigos. Sem enviar torpedos, nem dvds, nem nada, afinal, pra que me esforçar nesse tanto, fazer essas coisas? Provar oq pra quem? Tentar tapar carencia, a solidão com isso, um modo de 'comprar' alguem? Divagações...

Acho que minha sanidade mental (psíquica) não está das melhores, esse fim de semana vi um documentário sobre o Van Gogh na GNT, louco eu já sabia que ele era, mas soube da sua obsessão pela cor amarela, eu tb adoro amarelo, desde criancinha, não pinto quadros, mas pinto paredes, móveis... me pergunto quando será que vou cortar uma de minhas orelhas ou me dar um tiro no peito?

Foto: Campo de Trigo com Corvos - último quadro do holandês Vincent van Gogh em 1890, na fase do "surto amarelo", onde sua loucura e sua obsessão o fizeram cometer suicídio com um tiro no peito após ser rejeitado por Émile Bernard, um amigo por quem era platônicamente apaixonado. O quadro está em exposição no museu Van Gogh de Amsterdã.

Música da semana: "Bari Improv" Kaki King

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Paz, somente paz


Você não faz idéia (a não ser que você também tenha passado pelo que passei) das coisas que passam na cabeça de uma adolescente que se vê num corpo que não é seu. Se um adolescente normal já costuma ser problematico e a cabeça fica uma zona, piora isso umas-muitas vezes, talvez você chegue a imaginar... não, não dá pra imaginar. É pura confusão, introversão, por não saber "o que" nem "quem" eu era, já que eu percebi que me tornar mulher nao ia acontecer da noite pro dia, eu tentei me revoltar contra Deus, mas isso não durou um dia. Venho de uma família bem curiosa religiosamente... meu pai é espirita, mas ja foi da rosa-cruz e tudo que imaginam, mamae é católica nao-praticante e minha irmã é uma evangelica moderada. Eu fiz comunhao, frequentei a missa por algum tempo, mas nao crismei e nem continuei mais numa igreja que nao me acolhia e que tem hábitos e costumes absurdamente ultrapassados (meu ponto de vista). Porem, mantive minha espiritualidade, minha fé, minha cristandade.

Conversava muito com Deus, primeiro rezei o terço, fazia promessas e passava noites e madrugadas rezando terços, as vezes até rosários. Depois, cansei das orações decoradas do catolicismo, passei a ter uma conversa (como até hoje), de igual pra igual, de filha com Pai. No começo foram perguntas típicas, como: Por quê comigo? Por quê não nasci normalzinha como as outras? Pra que me fazer sofrer tanto assim? O que fiz de errado? Depois vieram as de revolta, de negação ou de tentar "facilitar" as coisas, tipo: Me faz ter câncer e morrer, pegar uma doença muito séria ou pode ser um acidente. Suicídio, curiosamente, eu nunca tentei. Não que me lembre.

Mais pra frente, veio a fase da aceitação, e é dessa parte que mais gosto de lembrar, pois foi quando senti Deus dentro de mim, do meu lado, me acompanhando, me ajudando. Eu passei a pedir apenas paz. É, paz de espírito, paz mental, consciência tranquila, em paz, para poder raciocinar e refletir. Eu implorei, durante meses, meses a fio... por paz, fazia minha oraçãozinha, conversava com Ele sobre meu dia, agradecia, pedia proteção aos meus e depois dizia que iria pedir apenas uma coisa pra mim mesma... paz. Foi quando certa noite tive um sonho, que hoje, depois de mais de 10 anos eu já nao me lembro se tais fatos foram tão reais quanto eu vou citar ou se muita coisa acabou se perdendo ou se 'criando'.

Eu estava num trigal todo dourado, num dia lindo de sol, sem nuvem, caminhando tranquilamente até que avistei uma cobra, uma naja, que estava pronta para me atacar. Corri desesperadamente em direção a uma figueira frondosa que havia no meio do trigal para tentar escapar do bote e quase lá, já exausta, caio no chão e a cobra vai me picar quando surge no céu um leão, lindo, como o de Nárnia, e em uma nuvem logo atrás, uma luz muito forte que ofuscava seu rosto, Ele, Deus, todo em Sua veste branca, enorme, soberano, lá parado, sem dizer uma palavra... o leão atacou e matou a cobra. Eu aos prantos me prosto frente a Deus e agradeço, imensamente, por ter me salvado, por ter me protegido, e Ele, apenas me diz com sua voz de trovão que estaria e estará sempre do meu lado. Eu digo que O amo e juro amor eterno... e acordo, na cama, chorando copiosamente.

É um sonho que me marcou de tal maneira, que me lembro destes detalhes... como disse, não sei se alguns desses detalhes foram inventados pela minha mente (se bem que esse sonho foi criado por ela né), mas que esse sonho existiu e que ele mudou drasticamente minha maneira de enxergar os acontecimentos, isso eu tenho certeza.

Eu tive a paz que tanto pedi, consegui obter sucesso na minha transição, na minha adequação e consegui tudo isso com muita paz e apoio.

Eu voltei a orar por paz, porque não está fácil...

Foto: Trigal na região oeste do PR, até hoje quando vejo um trigal, não resisto e paro para caminhar por entre ele e ali fazer uma oração.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O Apático horizonte


Quando descobri o caminho que tinha que trilhar, tomei coragem (mesmo que subconscientemente) e segui, nem sempre ele foi bonito, as vezes torto, com buracos, com pedregulhos e muralhas mas sempre indicando um 'adiante'.

Me vejo agora em seu final, na beira de um penhasco, para onde devo seguir? Ao lado vejo uma árvore robusta porém fraca, quase sem folhas e estou sentada, pensando e admirando o horizonte, apático e rotineiro da espera, da inércia. Medo de ter tomado decisões erradas, de não querer engolir o orgulho, de não ter aceito certas coisas, de ter achado q todo relacionamento tem q ser perfeito e cheio de flores mesmo após tanto tempo. Medo de ser tarde demais.


Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo…
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos…
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui deitar tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos…
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem…
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram…
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer me conhecer menos…
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e me arrependi também…
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta no meu canto…
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir…
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam…
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse…
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar…
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros…
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros…
Já contei piadas sem graça, apenas para fazer um amigo sorrir…
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava…
Já sonhei demais, ao ponto de confundir o que era verdade e o que não era…
Já tive medo do escuro, hoje no escuro me encontro...
Já cai inúmeras vezes achando q não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia nunca mais…
Já liguei para quem não queria, apenas para não ligar para quem realmente queria…
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava…
Já chamei pela minha mãe no meio da noite após um pesadelo…
Já chamei colegas de “amigo” e descobri q não eram…
Não reclamo dos meus erros e aprendo com eles, pois não espero acertar sempre…
Não espere nada de mim, porque vou sempre seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sou diferente!…
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras…
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!

Ps. Bruno, que saudades de vc, amizade! (IDEM)

domingo, 26 de outubro de 2008

Bipolaridade ou ansiedade?




Sempre me considerei ansiosa. Mamãe conta que quando pequena eu esperava tanto pelo meu aniversário, que ficava doente e por várias vezes ela antecipou a festa. Quando planejavamos alguma viagem, fosse para o interior paulista na casa dos meus tios, ou para a praia ou para casa dos meus avós, eu ficava agitada e sem sono uma semana antes.

Segundo o dicionário Aurélio, ansiedade significa: "Estado afetivo em que há o sentimento de insegurança". Confesso que no alto dos meus 24 anos, tento e até controlo essa ansiedade em alguns momentos. Hoje não fico mais ansiosa pelo meu aniversário, afinal, não fico mais feliz em ficar cada ano mais velha rs, muito menos para viajar a casa dos meus avós. Mas se for para uma prova, ou para tomar uma decisão importante, ou para visitar o namorado que mora longe, podem ter certeza, estarei uma pilha de nervos, sem comer (sim, perco totalmente a fome em momentos de stress e ansiedade) e principalmente, sem dormir.

Atualmente, tenho me sentido ansiosa por alguns motivos, especialmente por dois. O primeiro, meus documentos que ainda estou para retificar, a sentença já foi dada pelo juíz a mais de um mês e até agora nada do ofício para começar a correr atrás da troca, de sei lá, uns 10/12 documentos? Será que dará tempo até o fim do ano? Ainda queria fazer vestibular poxa vida! Quanto tempo levarei pra alterar cada um deles? Tantos planos, me sinto como uma adolescente que ganha a própria chave de casa e tem liberdade para sair e voltar quando quiser, ou de uma noiva às vesperas do casamento (ok, nunca me casei mas eu faço uma pequena idéia de como vou ficar quando chegar minha vez).

O transtorno bipolar define-se como: "Um transtorno caracterizado por dois ou mais episódios de alteração do humor onde o nível de atividade do sujeito está profundamente perturbado, sendo que este distúrbio consiste em algumas ocasiões de uma elevação patológica do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou euforia) e em outras, de um rebaixamento patológico do humor e de redução da energia e da atividade (depressão)". Sinceramente creio que esteja tendo uma crise de ansiedade perante uma decisão importante, diretamente relacionada com o lado emocional de uma mulher apaixonada, sendo assim, uma reação inconscientemente superestimada e dramatizada (engraçada eu, não? me diagnostíco e sei como na verdade me sinto).

Não vejo a hora de poder viver minha vida, sei que posso voar longe, ter uma carreira brilhante, que me realize, que me faça conhecer novas pessoas, tenho potencial para tanto e definitivamente quero vencer na área profissional. Todavia também quero vencer na área pessoal, ao lado do meu marido, construir uma família com ele, ter uma bela casa com jardim e nosso cachorro, com filhos, ser uma mãe ultra-dedicada. Portanto, me auto-sugiro duas coisas: Paciência e Persistência. Paciência pela ofício do juíz (que não deve tardar a sair). Persistência para estudar muito, batalhar muito por um emprego legal.

Não preciso de fluoxetina ou prozac para lidar comigo mesma (nada contra quem precisa, existem pessoas que realmente necessitam), o que eu preciso é aprender a controlar mais e melhor essa ansiedade, esse desejo de tudo pra ontem, colocar na prática que O apressado come cru e que A pressa é inimiga da perfeição.

Ps. Agradecimentos sinceros aos amigos que têm me "aturado" só falando disso nas últimas semanas.

Música da semana: Keane - Better Than This (Você pode Mais do que isso!)

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