Imperatriz Farah Diba e o Xá
O Irã já viveu em tempos de modernidade, crescimento econômico e influência americana, mulheres sem véu e sem burca e com direitos iguais aos dos homens. Isso quando o Irã ainda era a Pérsia, ainda uma monarquia ditatorial, sem influência teocrática, até 1979, quando Khomeini deu o golpe de estado, a revolução islâmica.
O Xá Reza, não era um exemplo, era firme e comandava com mãos de ferro, mas como diz Farah no incrível documentário "A Rainha e eu" não chega nem perto de como está o Irã hoje.
Sinto pena pelos iranianos e também pela cultura de seu povo, sua história como nação, um país que tem um incrível potencial turístico sem ser explorado, um país aprisionado devido ao comando radical do governo islâmico do ditador mascarado como presidente.
Por intermédio da atriz iraniana Shohreh Aghdashloo (expulsa e proíbida de retornar ao Irã), Nahid Persson Sarvestani, uma cineasta iraniana (igualmente expulsa e proibida de visitar seu país) que quando jovem era antimonarquista e chegou a participar ativamente de movimentos contra Farah e o Xá, fez o documentário com respeito, admiração e seriedade. Atualmente Farah reside em Paris onde tem asilo político e mordomias de chefe de estado e mantem seu padrão de vida. As filmagens foram interrompidas várias vezes por diferenças de idéias entre ambas e quase chegou a ser cancelado.
A cineasta declarou no festival de Sundance (onde concorreu o documentário) que embora não tenha mudado de opinião sobre a monarquia iraniana, mudou de opinião sobre Farah Diba, tendo o final surgido até mesmo uma amizade entre ambas, que passam a se respeitar e a admirar suas histórias de vida, tendo em comum o sonho de voltar ao Irã, restituido a uma democracia ou uma monarquia parlamentarista (o sonho de Farah é ver seu filho empossado Rei).
Fica minha dica deste incrível e curioso documentário, e a espera que logo o Irã seja liberto deste regime ditatorial e teocrático que vive.
Um comentário:
Acabei de assistir ao documentário sobre Farah Diba e contando para meu filho coincidentemente usei as mesmas palavra que aqui no blog acabei de ler. Fiquei facinada pelo documentário.
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