terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Lágrima

Weine so viel...

Ontem na cama, antes de adormecer, lembrei-me de coisas de que gostaria de esquecer, e perguntei-me onde estava com a cabeça? Quando acordei oito horas depois, tudo bem! A verdade é que isso não é tão verdade assim, e não me refiro a serem memórias desagradáveis, nem a me ter arrependido delas. Mas, sim, a ter preferido arrepender-me, porque me faz sentir estranho, não sentir coisa alguma. Faz-me sentir que sou ninguém. Mas, não fosse assim, não seria eu mesmo!

Ontem eu ouvi uma canção que falava de amor, e me perguntei se sabia do que estava falando. Creio que sim, ou não estaria falando sobre isso agora. Sobre você. Mas não me será estranho se você se perguntar “do que ela esta falando?” porque , ao final das contas, soma , divisão, separação, nem eu mesmo sei!

Não o sei, pois que me perco agora em pensares tão aleatórios quanto é possível haver sorte no que penso (sei que o som do mar em uma concha nada mais é do que o ar do ambiente ressoando entre meu ouvido e nem por isso deixa de ser o som do mar).

Isso não tem a ver com atração física, mental, intelectual, espiritual, o que quer que seja, tem a ver com eu só estar feliz quando você esta por perto, quando estou com você, tem a ver com eu nunca estar realmente perto de (ou) com outro alguém, tem a ver com eu não precisar de sonhos quando a seu lado estou, e no entanto, tê-los mais do que em qualquer outro momento, e fé na validade deles! Tem a ver comigo, tem a ver com todas as distâncias serem tão grandes que inexistem quando não esta distante, tem a ver com você, tem a ver com nada ter algo a ver com isso, e não fazer diferença alguma.

Esta provavelmente não é a primeira declaração de amor à você , e provavelmente nem mesmo a minha primeira, dentre tantas outras, as que sequer notou, e outras mais ainda que nem eu mesmo notei! Sei que meu amor não é algo maior do que o de outro apenas por minhas palavras serem mais belas. Mesmo porque, eu não sou capaz de dizer com palavras o que realmente sinto (e deve ser por isso que causo tanta confusão, perda, solidão, quando o digo).

Perdoe-me se o machuco, nunca foi minha intenção causar tanta dor por gostar de você tanto assim. Eu só queria pedir emprestada uma parte do seu coração, em que coubesse o que já não cabe mais somente no meu. Um dia pretendi dividir minha alma com você, e agora lhe acompanha, afinal, parte do que há nela, e talvez um pouco mais.

Desculpe-me por acrescentar ainda um outro tanto, desculpe-me por a amar tanto, desculpe-me por não querer qualquer perdão que não meu próprio pranto. E desculpe-me por me desculpar tanto assim, mas é que ontem eu adormeci, e não sonhei que você estava aqui, fez-me sentir estranho, sonhar algo assim. Então, peço-lhe ao menos que, de agora em diante, o sonhe por mim. Porque eu ainda preciso e não sonho mais.

Texto do Felipe, um colega virtual.
* adaptada pro feminino.
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