A importância da família em nossas vidas, é fundamental. Eu vou falar especificamente da minha, pois considero que graças a ela, eu tive meus problemas amenizados. Venho de uma família classe média alta/alta , bem estruturada, com pai, mãe e irmã mais velha. Meus pais ambos tem nível superior, tem uma história juntos muito bonita e graças a Deus, ela já dura mais de 30 anos.
Minha mãe teve dificuldades para ficar grávida de mim (sua segunda gestação), teve três abortos espontâneos, complicações, uma má formação no útero e após 7 anos, já estava desistindo de outro filho. Foi quando, eu decidi vir, ou melhor, quando Deus decidiu me mandar pra cá.
Não vou abordar hoje minha infância ou adolescência, ambas foram conturbadas e traumáticas, merecem um post a parte no futuro (ou não).
Estudei em colégio particular católico minha vida toda, fiz cursos de idiomas desde pequena (sendo hoje fluente em duas), todo tipo de esporte, teatro, tudo que eu queria, eu fazia. Na adolescencia passamos por uns momentos complicados de dinheiro que coincidiu com o inicio da minha transição, o que não foi fácil, não tinhamos mais plano de saúde, nem dinheiro para psicólogos. Comecei a trabalhar e usava o dinheiro do meu salário para comprar os hormônios e fazer acompanhamento com uma endocrinologista.
Com trabalho e união, a maré virou, voltamos a nossa situação financeira de sempre e aí sim, as coisas realmente "deslancharam". Uma transição custa caro, são despesas com laudos, com médicos, exames, hormonização, laser, depilação convencional, comprar um guarda-roupa completamente novo (do zero, inclusive sapatos), além de maquiagem, bijuterias e etcs. Meus pais nunca se negaram a me ajudar, podem ter ficado neutros no começo, esperando que aquela "fase" passasse, mas nunca me impediram ou proibiram de fazer o tratamento, lembro das palavras do meu pai "queremos que você seja feliz, nao importa como." Aquela, foi a maior demonstração de amor que poderia esperar deles.
Quanto a cirurgia CRS, eles sempre souberam que eu queria fazer, mas disseram que não ficariam tranquilos com uma cirurgia feita no exterior, pelos riscos, "n" coisas que poderiam acontecer e o médico estaria em outro país e as vezes não tão acessível. Uma amiga próxima havia se operado com Dr. Cury no interior de SP, acompanhei todo seu pós-operatorio, ela se dizia bem satisfeita. Comentei com meus pais, na mesma semana fomos até lá, conversamos, vimos fotos e já saí de lá com a minha data agendada. Não precisei me preocupar com dinheiro e vejo que este é um dos maiores, senão o maior obstáculo para as outras.
Tenho minhas brigas com meus pais, como toda filha os tem, mas não deixo de agradecer a Deus, um só dia, por ter me dado pais tão maravilhosos e amavéis quanto esses. Meus próximos passos agora (com a retificação civil já obtida) são, colocar silicone no seios, fazer uma universidade e poder finalmente trabalhar em algo que me seja prazeiroso e rentável, para um dia poder devolver aos meus pais todo esse dinheiro investido em mim.
É por isso que considero minha família, uma família de berço. Não pelo dinheiro que temos, ou pelos carros, pelas viagens ao exterior... E sim por sua união. Por sua compreensão e amor incondicional. Pelos valores que essa família me deu. Quisera todos os pais fossem assim.
Foto: Seriado americano "Brothers & Sisters" que fala das desaventuras de uma família excepcional.
Minha mãe teve dificuldades para ficar grávida de mim (sua segunda gestação), teve três abortos espontâneos, complicações, uma má formação no útero e após 7 anos, já estava desistindo de outro filho. Foi quando, eu decidi vir, ou melhor, quando Deus decidiu me mandar pra cá.
Não vou abordar hoje minha infância ou adolescência, ambas foram conturbadas e traumáticas, merecem um post a parte no futuro (ou não).
Estudei em colégio particular católico minha vida toda, fiz cursos de idiomas desde pequena (sendo hoje fluente em duas), todo tipo de esporte, teatro, tudo que eu queria, eu fazia. Na adolescencia passamos por uns momentos complicados de dinheiro que coincidiu com o inicio da minha transição, o que não foi fácil, não tinhamos mais plano de saúde, nem dinheiro para psicólogos. Comecei a trabalhar e usava o dinheiro do meu salário para comprar os hormônios e fazer acompanhamento com uma endocrinologista.
Com trabalho e união, a maré virou, voltamos a nossa situação financeira de sempre e aí sim, as coisas realmente "deslancharam". Uma transição custa caro, são despesas com laudos, com médicos, exames, hormonização, laser, depilação convencional, comprar um guarda-roupa completamente novo (do zero, inclusive sapatos), além de maquiagem, bijuterias e etcs. Meus pais nunca se negaram a me ajudar, podem ter ficado neutros no começo, esperando que aquela "fase" passasse, mas nunca me impediram ou proibiram de fazer o tratamento, lembro das palavras do meu pai "queremos que você seja feliz, nao importa como." Aquela, foi a maior demonstração de amor que poderia esperar deles.
Quanto a cirurgia CRS, eles sempre souberam que eu queria fazer, mas disseram que não ficariam tranquilos com uma cirurgia feita no exterior, pelos riscos, "n" coisas que poderiam acontecer e o médico estaria em outro país e as vezes não tão acessível. Uma amiga próxima havia se operado com Dr. Cury no interior de SP, acompanhei todo seu pós-operatorio, ela se dizia bem satisfeita. Comentei com meus pais, na mesma semana fomos até lá, conversamos, vimos fotos e já saí de lá com a minha data agendada. Não precisei me preocupar com dinheiro e vejo que este é um dos maiores, senão o maior obstáculo para as outras.
Tenho minhas brigas com meus pais, como toda filha os tem, mas não deixo de agradecer a Deus, um só dia, por ter me dado pais tão maravilhosos e amavéis quanto esses. Meus próximos passos agora (com a retificação civil já obtida) são, colocar silicone no seios, fazer uma universidade e poder finalmente trabalhar em algo que me seja prazeiroso e rentável, para um dia poder devolver aos meus pais todo esse dinheiro investido em mim.
É por isso que considero minha família, uma família de berço. Não pelo dinheiro que temos, ou pelos carros, pelas viagens ao exterior... E sim por sua união. Por sua compreensão e amor incondicional. Pelos valores que essa família me deu. Quisera todos os pais fossem assim.
Foto: Seriado americano "Brothers & Sisters" que fala das desaventuras de uma família excepcional.
Um comentário:
olá Inserida
Navegando por aqui, "descobri" o teu blog, sem dúvida que a familia é fundamental nas nossas vidas, o afecto, o apoio e o carinho que nos transmitem é algo tão maravilhoso!
Desejo-te muito sucesso e as maiores felicidades para que já é - uma mulher de pleno direito - que sejas feliz, muito feliz!
Deste lado do Atlântico, desde Portugal, um abraço fraterno e um beijo amigo Nuno
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