sábado, 29 de novembro de 2008

Oh aninho safado! Parte II

Provavelmente você não vai ter amigos como esses

Eu já disse que 2008 foi um aninho safado, fui criticada, sério, choveram criticas nos comentários e no meu msn, entao o post de hoje, é para me retratar. No ano de 2008 as coisas não deram lá muito certo, mas o que e quem sempre nos ajudam a levantar quando algo da errado? Eles, os amigos, nossos anjos, a família que escolhemos, e este foi um ano de amizades, de novas e grandes amizades e de aprimoramentos das antigas.

Voltei ao orkut, conheci gente bacana e fiz novas e fortes amizades, não só virtuais, de encontrar e conhecer mesmo, gente de todo canto do Brasil, no saldo, eu conto com uns novos 10 amigos ou mais.

Aprimorando as antigas amizades, tem a Roberta, esse ano foi quando nossa amizade mais se aproximou. Eu ajudando ela nos momentos dificeis que ela está passando na sua transição (esses hormonios nos deixam no pó do chinelo) e tambem no q eu podia ajuda-la com oq já passei, eu o faço. A então, ficamos solteiras na mesma época, curtimos fossa juntas, depois nos apaixonamos por dois tranqueiras e curtimos fossa de novo, mas nossa amizade? Só fez crescer e fortalecer, nesses 10 anos de melhor amiguisse. Voltei a falar com o Sagaz tb, um querido de um amigo que pra sair jogar conversa fora e beber, não tem melhor, e ó, eu consigo acompanhar ele na bebida, de igual pra igual, ou melhor, ele cai e eu não, rá! Tb revi o Rafa , meu irmão de coração querido e q eu tanto amo e que não via a uns 5 anos no mínimo, primeira vez que me viu como Sarah, me recebeu na sua casa, seus pais me receberam de braços abertos, com respeito, com o mesmo tratamento que me davam antes e foram só elogios e torcida, tem coisa mais maravilhosa do que se sentir parte de outra família, que não tem vínculo nenhum conosco? A Ju, a Ju é uma fofa, que conheci pessoalmente esse ano também, uma das minhas amigas mais confidentes e companheiras, e vamos nos rever agora no fim do ano qdo volto ao RJ. O Ed, fora de serio, somos amigos a tantos anos, sempre nos entendemos tanto, compartilhamos nossas frustrações e alegrias sem julgar e apenas apoiando! Marcos, carioca que me atura, me ouve, me da conselhos primorozos. Amo vocês meus amigos.

Também senti falta de alguns amigos do passado que nesse ano ficaram ausentes, pouco nos falamos e que adoraria ter mais contato. Bruno, nem vou falar do bruno, esse desapareceu e sumiu no mundo, saudade pra caramba dele, ele é o amigo que toda mulher precisa, alguma deve ter fisgado ele e deve morrer de ciumes, taí o sumiço da criança.

Mas que esse aninho ainda foi safado pra mim, isso ele foi.

Venha 2009 que eu sou a primeira a te parabenizar pela chegada e quero ser sua amiga.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O cupido míope


Ouço sempre sobre amigas e seus casos complexos e complicados. Culpar o cupido é fácil, mas será que você está prestando atenção em alguns detalhes? Se apaixonar por homem covarde. Se apaixonar por homem comprometido. Se apaixonar por homem depressivo. Qual seria a pior opção? Qual seria a mais complicada e complexa?

Bom, um homem covarde, nunca vai te assumir, nunca vai tomar decisões e atitudes, nunca vai se mexer, te prometerá mundos e fundos e não cumprirá nem um quarto, esperando q voce seja a rainha das decisões e das obrigações, que leve a relação no colo, por que dele, nao virá nada.

E quanto ao homem comprometido? Esse também não vai te assumir, vai dizer que o relacionamento dele está péssimo, que está desabando, que ele nao ama mais a fulana, q ele ama mesmo é você, que voce é a mulher da vida dele (ou variantes do tipo), voce vai achar lindo, vai adorar, vai pensar "ah, ja existiram caras q largaram da namorada pra começar com outra". Depois de uns dois meses, você vai cansar da indecisão dele, e vai querer satisfações "e ai? dá ou desce?" e dele, nada virá.

Ah, o depressivo. É foda, você, mulher, no âmago do seu estrógeno, ter que ser forte, madura e responsável pela relação e ainda tentar levantar o moral do cara. Tem mulher que gosta, serio, dos homens coitadinhos, dos que precisam sempre de colo, de afeto, que voce diga 1 milhão de vezes que ele ta otimo daquele jeito, que tem q levantar e sair dessa prostação.

Tem gosto pra tudo, né?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Xantopsia van Goghiana

Quase sempre me pergunto, por que me dedico com tanta intensidade as minhas relações? Não me refiro apenas as amorosas nao, me refiro as amizades também. Eu sou o tipo de amiga tola... vou explicar porque sinto isso. Bom, eu quando gosto de alguém, quando meu "santo bate" , nossa, eu viro A melhor amiga, faço tudo que você possa imaginar para agradar e fortalecer os vínculos. To sempre pronta pra qualquer convite, desmarco o que for pra priorizar um amigo querido, viajo pra reencontrar, envio dvds pelo correio, envio presente no aniversário, ligo, mando torpedo, sou do tipo amiga, AMIGA!

Quando namoro então, nossa... adoro companheirismo, cumplicidade e minha entrega é absoluta. Mas ao mesmo tempo, não sou grudenta, nao me considero e nao gosto de grudentismo e chicletismo. Agora, eu pergunto, as relações interpessoais não deveriam ser sempre assim, de ambos os lados? Por que eu sinto que quase sempre sou eu quem me dôo mais? Por que eu não consigo sentir um feedback? Será q eu to errada em pensar dessa forma, deveria agir e pensar de outro jeito, ser menos "amiga", mais relax e descolada, ou uma namorada mais "to nem aí"? Q seja...

Nao sei, mas esse é um dilema que me persegue e a frustração que vem acompanhada, é horrível. Me sinto como se mendigando algo que deveria vir espontaneamente de volta e isso, convenhamos, não é nada digno, ou eu espere demais das pessoas, espere as atitudes q eu mesma tenho e tomo como se fosse um padrão de comportamento, oq nao é verdade, visto que cada um reage e age de um jeito. Talvez por isso, ultimamente eu tenho ficado tao recatada, restrita, fechada, sem querer novas amizades, nem indo muito atrás dos antigos. Sem enviar torpedos, nem dvds, nem nada, afinal, pra que me esforçar nesse tanto, fazer essas coisas? Provar oq pra quem? Tentar tapar carencia, a solidão com isso, um modo de 'comprar' alguem? Divagações...

Acho que minha sanidade mental (psíquica) não está das melhores, esse fim de semana vi um documentário sobre o Van Gogh na GNT, louco eu já sabia que ele era, mas soube da sua obsessão pela cor amarela, eu tb adoro amarelo, desde criancinha, não pinto quadros, mas pinto paredes, móveis... me pergunto quando será que vou cortar uma de minhas orelhas ou me dar um tiro no peito?

Foto: Campo de Trigo com Corvos - último quadro do holandês Vincent van Gogh em 1890, na fase do "surto amarelo", onde sua loucura e sua obsessão o fizeram cometer suicídio com um tiro no peito após ser rejeitado por Émile Bernard, um amigo por quem era platônicamente apaixonado. O quadro está em exposição no museu Van Gogh de Amsterdã.

Música da semana: "Bari Improv" Kaki King

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Paz, somente paz


Você não faz idéia (a não ser que você também tenha passado pelo que passei) das coisas que passam na cabeça de uma adolescente que se vê num corpo que não é seu. Se um adolescente normal já costuma ser problematico e a cabeça fica uma zona, piora isso umas-muitas vezes, talvez você chegue a imaginar... não, não dá pra imaginar. É pura confusão, introversão, por não saber "o que" nem "quem" eu era, já que eu percebi que me tornar mulher nao ia acontecer da noite pro dia, eu tentei me revoltar contra Deus, mas isso não durou um dia. Venho de uma família bem curiosa religiosamente... meu pai é espirita, mas ja foi da rosa-cruz e tudo que imaginam, mamae é católica nao-praticante e minha irmã é uma evangelica moderada. Eu fiz comunhao, frequentei a missa por algum tempo, mas nao crismei e nem continuei mais numa igreja que nao me acolhia e que tem hábitos e costumes absurdamente ultrapassados (meu ponto de vista). Porem, mantive minha espiritualidade, minha fé, minha cristandade.

Conversava muito com Deus, primeiro rezei o terço, fazia promessas e passava noites e madrugadas rezando terços, as vezes até rosários. Depois, cansei das orações decoradas do catolicismo, passei a ter uma conversa (como até hoje), de igual pra igual, de filha com Pai. No começo foram perguntas típicas, como: Por quê comigo? Por quê não nasci normalzinha como as outras? Pra que me fazer sofrer tanto assim? O que fiz de errado? Depois vieram as de revolta, de negação ou de tentar "facilitar" as coisas, tipo: Me faz ter câncer e morrer, pegar uma doença muito séria ou pode ser um acidente. Suicídio, curiosamente, eu nunca tentei. Não que me lembre.

Mais pra frente, veio a fase da aceitação, e é dessa parte que mais gosto de lembrar, pois foi quando senti Deus dentro de mim, do meu lado, me acompanhando, me ajudando. Eu passei a pedir apenas paz. É, paz de espírito, paz mental, consciência tranquila, em paz, para poder raciocinar e refletir. Eu implorei, durante meses, meses a fio... por paz, fazia minha oraçãozinha, conversava com Ele sobre meu dia, agradecia, pedia proteção aos meus e depois dizia que iria pedir apenas uma coisa pra mim mesma... paz. Foi quando certa noite tive um sonho, que hoje, depois de mais de 10 anos eu já nao me lembro se tais fatos foram tão reais quanto eu vou citar ou se muita coisa acabou se perdendo ou se 'criando'.

Eu estava num trigal todo dourado, num dia lindo de sol, sem nuvem, caminhando tranquilamente até que avistei uma cobra, uma naja, que estava pronta para me atacar. Corri desesperadamente em direção a uma figueira frondosa que havia no meio do trigal para tentar escapar do bote e quase lá, já exausta, caio no chão e a cobra vai me picar quando surge no céu um leão, lindo, como o de Nárnia, e em uma nuvem logo atrás, uma luz muito forte que ofuscava seu rosto, Ele, Deus, todo em Sua veste branca, enorme, soberano, lá parado, sem dizer uma palavra... o leão atacou e matou a cobra. Eu aos prantos me prosto frente a Deus e agradeço, imensamente, por ter me salvado, por ter me protegido, e Ele, apenas me diz com sua voz de trovão que estaria e estará sempre do meu lado. Eu digo que O amo e juro amor eterno... e acordo, na cama, chorando copiosamente.

É um sonho que me marcou de tal maneira, que me lembro destes detalhes... como disse, não sei se alguns desses detalhes foram inventados pela minha mente (se bem que esse sonho foi criado por ela né), mas que esse sonho existiu e que ele mudou drasticamente minha maneira de enxergar os acontecimentos, isso eu tenho certeza.

Eu tive a paz que tanto pedi, consegui obter sucesso na minha transição, na minha adequação e consegui tudo isso com muita paz e apoio.

Eu voltei a orar por paz, porque não está fácil...

Foto: Trigal na região oeste do PR, até hoje quando vejo um trigal, não resisto e paro para caminhar por entre ele e ali fazer uma oração.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Va Fa Napoli!


Não sei como alguns parentes ainda conseguem se referir a mim como "ele" ou "dele" ou usando o nome antigo "Michel". Eu levo na boa, dou uma risadinha "acontece" e finjo que nao é comigo, ou simplesmente ignoro, principalmente se for em público. Meus pais, minha irmã, cunhado, até meus avós, já se adaptaram ao Sarah sem maiores problemas e hoje em dia é raro (raríssimo) que alguém no meu núcleo íntimo troque as bolas.

Agora, tem os q "provocam", que parecem fazer de propósito. Sinto isso em específico com um dos irmãos do meu pai, que tem dois filhos homens, varões e é todo machão. Ele me trata bem, mas (sempre tem um "mas"), ele e minha tia só me chamam pelo nome masculino, que nao se acostumam, que nao conseguem... oi? Eu sou um baita mulherão de 1m80, com peito (pouco, mas tenho rs) e ficar me chamando de "Michel" não ta com nada. O que faço? Ignoro, cortei da convivência, raramente tenho contato com eles, mas não deixa de ser desagradável.

Não peço, nem quero que me entendam, até pq eu nao dou e nunca dei satisfaçoes a respeito de nada, a nao ser aos meus pais. Isso será inevitável acontecer algumas vezes e realmente hoje me incomoda 1/100 do que me incomodava no inicio. Então, fica minha dica, não se deixe abater, é pior... só faça questão que seus pais respeitem sua decisao.

Essa semana vou indicar um livro e não uma música, "The Lucky One" do Nicholas Sparks (ainda sem tradução para o português) este é o novo livro do novelista nº1 em vendas atualmente, vários de seus livros já viraram filme como "Diário de uma paixão", "Carta de amor", "Um amor para recordar" e "Noites de tormenta". Nicholas escreve maravilhosamente, você acaba mergulhando na história e querendo chegar ao final ao mesmo tempo que não quer que acabe. Seus heróis são sempre homens fortes, decididos, determinados, apaixonantes e neste novo livro não é diferente, já estou apaixonada por Thibault. Para quem gosto de uma linda história de amor, tem um inglês até mesmo razoável, a leitura é fácil e dinâmica.

Ps. Meu retoque na txchuca deu certinho, estou com 20 e alguns pontos e tudo inchado, 10 dias de repouso parcial e um mes para voltar a vida normal. Da-lhe livros e dvds, aceito sugestões dos meus queridos leitores.

Ps²: Va Fa Napoli (foto e o título) expressão criada por Joey e usada por Rachel em "Friends", que em sua entonação e imaginação quer dizer "Vá se fu..." mas que na verdade não quer dizer absolutamente nada.

sábado, 15 de novembro de 2008

As jóias de Jane Austen

The complete Jane Austen´s Masterpiece - BBC
Impossível alguém desconhecer Jane Austen. Caso você que esteja lendo e não ligue o nome a pessoa, vou tentar ajudar, "Razão e Sensibilidade", "Orgulho e Preconceito", "Persuasão", "Emma" ? Jane é a maior escritoria inglesa depois de Shakespeare. Tendo a própria vivido uma triste história de amor e morrido jovem em decorrência de uma rara doença (que tambem virou filme, em "Becoming Jane" com a extraordinária Anne Hathaway). Deixou ainda duas obras inacabadas e algumas peças para teatro.

Todos esses livros já tiveram várias versões, algumas mais famosas, outras menos. A BBC lançou ano passado uma coletânea com os maiores títulos em novas interpretações, mais fiéis aos livros e menos comerciais, ou seja, quase sem atores famosos. Foi um sucesso. A versão de Razão e Sensibilidade é incrivelmente superior a versão americana de 1995. Ontem assisti Persuasão, confesso que não conhecia a história e fiquei curiosa após este ser citado em um outro filme que adoro "A Casa do Lago" com Keanu Reeves e Sandra Bullock, onde a personagem de Sandra diz que este é seu livro favorito. A história de Persuasão (Persuasion) é linda e mais uma vez mostra a visão do homem de Jane,incorruptível e íntegro. Recomendo a todos, de verdade, que assistam. O filme está disponivel para ser baixado pela internet (via torrent) e a legenda disponivel no http://www.legendas.tv/ . Só para citar, sem estragar o final para os que irão assistir o "Persuasão", abaixo vou colocar a carta escrita pelo Capitão Wentworth, que eu caí em prantos (como queria receber uma carta assim), ah sim, é só selecionar abaixo com o mouse que voce vai conseguir ler:

"Srta. Elliot, não posso suportar isto por mais tempo. Você trespassa-me a alma. Sou metade esperança e metade agonia. Pode ser que tenha sido injusto, fraco e rancoroso, mas jamais inconstante. Me ofereço a você com um coração que é ainda mais seu, do que quando o despedaçou 8 anos atrás. Não amei ninguém além de você. Vim a Bath unicamente por você. Meus pensamentos e planos são todos para você. Não se deu conta? Mal posso escrever. Devo partir, inseguro quanto ao meu futuro. Uma palavra, um olhar, serão suficientes. Não me diga... Não me diga que é tarde demais, que sentimentos tão preciosos se foram para sempre."

Na próxima semana estarei ausente, vou fazer um retoque estético na minha txchuca, lá com o Dr. Cury. Me desejem sorte.

Música da semana: "Echo Beach" - Gabriella Chilmi http://www.4shared.com/file/62017934/832c2787/13_-_echo_beach_bonus_track.html?s=1

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Oh aninho safado! Parte I

Nem estamos em Dezembro ainda e já estou reclamando de 2008. Foi O pior. Comecei o ano cheia de planos e de esperança, confiante que meus documentos iam logo ficar prontos, que ia voltar estudar, trocar de emprego, voltar pra Europa e como eu faço todo ano, eu crio uma meta anual, que persigo e corro atrás, a deste ano era colocar silicone nos seios.

Agora coloca tudo ao contrário... foi o que aconteceu de verdade.

O ano termina sem planos, sem esperança, sem confiança que os documentos saiam tão cedo, não voltei estudar, não pude mudar de emprego e não viajei pra europa, meu cachorro ficou dodoi... Ah sim, claro, os peitos também não vieram e não foi por falta de dinheiro, muito menos por falta de ir atrás, devo ter ido em uns 10, a maioria foi preconceituosa e nao quis me operar por ainda estar com o nome antigo. Ta vendo? A maioria dessas "metas" estavam vinculadas diretamente com os documentos, mas oi? Fudeu tudo, ou melhor, não-fudeu como diz um amigo meu, pq se tivesse fudido teria sido bom, pq foder é bom

Tiveram algumas (poucas) coisas boas. Fiz novas e ótimas amizades, ninguém ficou doente gravemente, ninguém morreu, eu emagreci pra caramba e dinheiro não foi problema. Pra minha sorte, o final de ano taí, natal, reveillon, fico sempre com um astral legal, viajamos pra praia a família toda, descansar, tomar sol fazendo minhas palavras-cruzadas ouvindo musiquinha, é tudo de ótimo. E também pq ano que vem, 2009, é ano ímpar, eu me dou melhor em anos ímpares, parece meio ridículo, mas não é, pra mim tem sido uma constante.

Pra 2009... bom, eu lá vou fazer planos? Hoje não, pode ser que até o fim do ano eu me inspire, mas uma coisa eu tenho certeza, vai ter que ser MUITO melhor que esse aninho safado.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O Apático horizonte


Quando descobri o caminho que tinha que trilhar, tomei coragem (mesmo que subconscientemente) e segui, nem sempre ele foi bonito, as vezes torto, com buracos, com pedregulhos e muralhas mas sempre indicando um 'adiante'.

Me vejo agora em seu final, na beira de um penhasco, para onde devo seguir? Ao lado vejo uma árvore robusta porém fraca, quase sem folhas e estou sentada, pensando e admirando o horizonte, apático e rotineiro da espera, da inércia. Medo de ter tomado decisões erradas, de não querer engolir o orgulho, de não ter aceito certas coisas, de ter achado q todo relacionamento tem q ser perfeito e cheio de flores mesmo após tanto tempo. Medo de ser tarde demais.


Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo…
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos…
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui deitar tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos…
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem…
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram…
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer me conhecer menos…
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e me arrependi também…
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta no meu canto…
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir…
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam…
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse…
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar…
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros…
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros…
Já contei piadas sem graça, apenas para fazer um amigo sorrir…
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava…
Já sonhei demais, ao ponto de confundir o que era verdade e o que não era…
Já tive medo do escuro, hoje no escuro me encontro...
Já cai inúmeras vezes achando q não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia nunca mais…
Já liguei para quem não queria, apenas para não ligar para quem realmente queria…
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava…
Já chamei pela minha mãe no meio da noite após um pesadelo…
Já chamei colegas de “amigo” e descobri q não eram…
Não reclamo dos meus erros e aprendo com eles, pois não espero acertar sempre…
Não espere nada de mim, porque vou sempre seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sou diferente!…
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras…
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!

Ps. Bruno, que saudades de vc, amizade! (IDEM)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Brincadeira de egos


Bom, descobri porque da demora no ofício da minha retificação ficar pronta. Entrei em contato com a minha advogada na sexta-feira, e para minha triste e infeliz notícia, meu processo foi para São Paulo devido a recusa do promotor.

Pois bem, fiquei sem entender. Em Dezembro passado, o promotor me convocou, as vésperas do natal, para um entrevista pessoal com ele, para avaliar o meu pedido de retificação. Fui, toda tensa, ansiosa, estava lá no horário, de tailler preto da Zara, cabelo preso num coque, salto nao muito alto, toda discreta, quando ele apenas me olhou, "ah, estava esperando outra coisa", leia-se "ah, estava esperando uma drag de mini saia e top pink", fez três perguntinhas relacionadas a minha vida íntima, disse que tudo bem, que iria me ajudar, que concordava com a retificação.

Pois bem, aí que vem a questão. O juíz, na maior das boas intenções, na hora de dar a sentença em Setembro, disse que não deveria constar na antiga certidão que houve a retificação, ou seja, aquela certidão seria desprezada e descartada, como se eu tivesse nascido perfeitinha, lá em 1984. Esse não é o praxe, mas achei legal, nao reclamei e nem sabia disso. Fiquei sabendo porque, quando a sentença chegou nas mãos do promotor (esse mesmo que havia me entrevistado anteriormente), ele viu que faltava esse detalhe e entrou em contato com o juíz:

- Epa, mas não pode, tem que constar na certidão antiga que um dia ela já foi ele.
- Não venha se meter na minha decisão, isso só vai atrapalhar a moça, afinal, ela é uma moça, a quem interessa oq ela já foi um dia? não vou mudar e ponto.
- Beleza, então eu nao aceito e vou mandar lá pra comarca de São Paulo decidir.

E assim, os dois fuderam um pouco mais com a minha vida, que vai ficar mais um tempo empacada e emperrada até sabe Deus quando. Agora eu te pergunto, será que eles pensaram algum momento em mim?

*Diálogo obviamente criado pela minha mente.
Música da semana: Pois é - Los Hermanos (Fundição Progresso)
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