quinta-feira, 18 de junho de 2009

Idas e vindas


As fotos, para os japoneses, aprisionam um pedaço da alma, e as vezes, vendo e revendo, vejo que é verdade. Hoje revi algumas, e me deu tanta saudade, me fez lembrar de tantos momentos, de tantos fatos bons e ruins, mas que certamente, passando por eles, é que meu 'eu' presente se fez! Mas enfim...

Tenho um word de "Crônicas e textos" coisas que recebi, que escrevi, ou li e achei belo... o primeiro data de 2002, faz tempo, e não apaguei nada. Deixei tudo lá, para num momento onde eu até tenho mais o que fazer, mas não quero, olhar e achar tudo muito curioso. Sim, olhando para aquelas fotos, lembrando de cada momento delas, vendo os dias, os anos (que passam, como vento), divaguei e me dei conta de cada coisa, ai ai...

É estranho, tem gente que nem faz mais parte da minha vida, mas algum dia fez; Tem gente que recebeu um email bem mau educado, e hoje eu percebo que nem merecia; Outros que receberam um super delicado e fofo, e mereciam menos ainda.

Fotos de ex (casos e namorados) são as mais divertidas, rí horrores. Algumas são camufladas, escondidos de mim mesma... outros estão expostos com grande afeto e sinceridade e ocuparam até porta retrato algum dia. Planejei um futuro brilhante com um, e com outro que eu tinha um presente lindo, não planejei nada. Dos poucos que foram, um povoa eternamente minha lembrança de paixão intensamente vivida e que poderia ter sido ainda mais linda. Existem os que me fazem ver o quanto sou ridícula às vezes, o que o desespero e a imaturidade não fazem. E também aqueles que nos fazem perder a noção de tempo, como algo que não durou mais que seis meses, tomou tanta energia da minha vida? Ai ai ai.

Vi uma pesquisa que diz que trocamos de amigos a cada sete anos e olha, estou concordando. Existem amigos que se tornaram distantes por circunstâncias da vida, mas ainda assim permanecem presentes (Má), existem os que sumiram mesmo, existem os que nunca estão distantes. Ainda existem risadas, planos... existia tanto de Viena e Berlim, até me assustei com o tanto que eu desejava ir, tinha até me esquecido. Existe 'eu' num tempo ja distante, em que não reconheço aquela figura que viveu por 17 anos. Existe 'eu' reclusa, uma lacuna no tempo, necessária para me tornar maior.

E assim vai... Melhor deixar essas fotinhos e textos guardados em alguma gaveta, ou um baú (de memórias), as vezes revisita-las, nem que seja pra gente se dar conta que é hora de acordar e fechar algumas portas!

Ps. texto baseado e inspirado no de uma blogueira admirável.

2 comentários:

Anna Oh! disse...

Uma vez, contei pra uma amiga q tenho o costume de encaixotar todas as coisas, quando acaba. Encaixoto e me desfaço da caixa, pq é mais fácil se desfazer da caixa do q das lembranças. Daí ela me disse que eu sou feita das minhas histórias e que, desse modo, as nego (e nego tb um pedaço de mim). Não que tudo deva ficar exposto, mas a capacidade de olhar pra essas coisas "encaixotadas" certamente nos faz crescer.

=)

Bjus

(saudades de visitar aqui!!!)

Sarah disse...

Anna!
saudades d vc por aki! seja sempre bem vinda!
pois é, eu tb guardo tdo, escondo, empacoto e queimo qdo acho que realmente é necessario, cartas, fotos, tdo ao fogo, como num ritual mitico d cinzas rs!
Beijos

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